Um dos prédios históricos atingidos pelas chuvas que inundaram Porto Alegre em maio de 2024, o Memorial do Rio Grande do Sul, na praça da Alfândega, região central da capital gaúcha, começou a ser restaurado.

O antigo prédio dos Correios e Telégrafos sedia também o Museu Antropológico, o Arquivo Histórico do Estado e o Espaço Cultural Correios, e foi severamente afetado pela enchente, no maior desastre natural da história do Rio Grande do Sul.

A restauração, avaliada em R$ 6,6 milhões e com prazo de 18 meses, é realizada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em parceria com o governo estadual e faz parte do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Documentos e objetos que fazem parte da trajetória política, social e econômica do estado integram o acervo do Memorial.

A praça da Alfândega foi completamente alagada em maio do ano passado e a água chegou a atingir dois metros no prédio histórico, o que provocou danos na estrutura e no acervo.

“Estamos bastante animados com esse processo que revitalizará toda a edificação e garantirá que o Memorial siga cumprindo a missão de preservar e divulgar a diversidade cultural do estado”, diz Eduardo Hahn, diretor do Departamento de Memória e Patrimônio da Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul.

As obras incluem a restauração de coberturas, pisos, forros e esquadrias, além da modernização das instalações elétricas, do sistema de climatização e revitalização das fachadas.

O prédio histórico, projetado pelo arquiteto e engenheiro alemão Theodor Wiederspahn, foi tombado pelo Iphan em 1980 e é considerado um marco da arquitetura do estado, com construção iniciada em 1910 e concluída em 1913.