15 de junho de 2025 - 10:06

TJ manda prender de novo líder de facção em Cuiabá

DO REPÓRTERMT

A desembargadora Christiane da Costa Marques Neves revogou a decisão da 7ª Vara Criminal de Cuiabá que determinou a soltura de Joadir Alves Gonçalves, apontado como uma das lideranças de uma facção em Cuiabá. Ele é acusado de ser um dos integrantes do esquema de lavagem de dinheiro para o crime usando casas noturnas na Capital revelado pela Operação Ragnatela, no ano passado.

A decisão da magistrada atende a pedido do Ministério Público, que recorreu da soltura alegando desrespeito ao princípio da colegialidade, já que a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso já havia refutado a alegação de excesso de prazo na tramitação da ação penal, argumento usado para liberar o criminoso.

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O MP alegou, ainda, que o processo está em sua fase final, restando manifestação da defesa de apenas um dos presos pelos crimes investigados.

Em sua decisão, a magistrada destacou que não foram apresentados fatos novos além daqueles que já haviam sido apreciados pelos desembargadores e pontuou que a revogação da ordem de soltura em nada afeta o caso do réu, uma vez que foi condenado, em Santo Antônio do Leverger, no último dia 11 de junho, passando a ter pena de 70 anos prisão a ser cumprida em regime inicial fechado.

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“Ante o exposto, acolho a manifestação ministerial e, com adminículo no art. 315 do Código de Processo Penal, reconsidero, inaudita altera pars, a decisão anexa ao id. 292373898, para o fim de revogar a liminar concedida a Joadir Alves Gonçalves, qualificado, revigorando a prisão preventiva outrora decretada em seu desfavor”, determinou.

Joadir Alves Gonçalves, vulgo Jogador, foi apontado como liderança do esquema e responsável por repassar os recursos da facção para lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, o grupo investigado adquiria casas noturnas e lavava o dinheiro por meio da realização de shows nacionais.

Joadir receberia o dinheiro de integrantes operacionais da facção após o recolhimento da venda de drogas e repassava para os promotores de eventos ligados ao grupo criminoso. Parte dos shows, a maioria de funk, eram realizados no Dallas Bar, em Cuiabá, e em outras casas noturnas identificadas pelas investigações.

FONTE : ReporterMT

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