O texto não especifica por quais meios, mas existe uma ampla gama de medidas para fazer pressão: interromper o fornecimento de armas, adotar sanções políticas, econômicas…
Por exemplo, a União Europeia prevê reexaminar o acordo de associação com Israel, algo que vários Estados-membros pediram no final de maio.
“A reação deveria ter acontecido muito antes. Tanto na Europa como nos Estados Unidos, onde [o ex-presidente Joe] Biden poderia ter declarado “pare” a qualquer momento”, observa Omer Shatz.
Mas alguns países, como Alemanha e Estados Unidos, os dois principais fornecedores de armas de Israel, se recusam a questionar sua cooperação militar ou comercial, o que lhes custou acusações de cumplicidade de genocídio. A Nicarágua acusou a Alemanha na CIJ de “facilitar a execução do genocídio” com seu “apoio político, financeiro e militar a Israel”.
Para a associação Jurdi, deve-se aplicar “o mesmo raciocínio” aos conflitos na Ucrânia e em Gaza. “A UE já está em seu 17º pacote de sanções contra a Rússia porque esta viola o direito internacional ao se apropriar de um território pela força e ao atacar civis e suas infraestruturas. É exatamente o que está acontecendo em Gaza”, acrescenta a associação.
No final, a adoção ou não de medidas fortes depende, sobretudo, da “boa vontade” dos aliados de Israel, segundo Jurdi. “Na realidade, estamos no âmbito político, não no campo jurídico”.
noticia por : UOL