Em 14 de maio, a imprensa israelense havia noticiado que Sinwar estava possivelmente morto. O líder e outros altos funcionários do Hamas teriam sido assassinados no dia anterior, em um ataque a uma instalação descrita como um bunker de comando e controle do grupo sob o Hospital Europeu na cidade de Khan Younis, segundo a Reuters. As autoridades israelenses não haviam confirmado a morte de Sinwar até então.
Aos 50 anos, Sinwar raramente aparecia em público ou falava com a mídia. Ele foi elevado às fileiras superiores do Hamas em 2024, após a morte em combate de seu irmão Yahya, apontado pelo governo de Benjamin Netanyahu como mentor do ataque de 2023 em Israel, que culminou nas ofensivas a Gaza. Sinwar, mais tarde, foi nomeado líder geral do Hamas, que ainda não confirmou oficialmente a sua morte.
Ainda não se sabe como a morte de Sinwar afetará a tomada de decisões do grupo como um todo. Conforme apurado pela Reuters, não há consenso se sua morte fortaleceria ou diminuiria a influência dos membros exilados do conselho de liderança do Hamas nas decisões sobre as negociações de cessar-fogo.
Assim como seu irmão e ex-líder do Hamas, Sinwar sobreviveu a várias tentativas de assassinato por parte de Israel. Entre elas, estão ataques aéreos e explosivos plantados, segundo fontes do Hamas informaram à Reuters. Um dos episódios teria ocorrido quando Sinwar visitou um cemitério e seus companheiros descobriram que um explosivo controlado remotamente, disfarçado de tijolo, havia sido colocado em seu caminho.
Israel divulga que Sinwar desempenhou papel central no planejamento e execução do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 em Israel. Ele também é amplamente considerado um dos mentores do ataque transfronteiriço de 2006 e do sequestro do soldado israelense Gilad Shalit, que ficou preso por cinco anos antes de ser trocado por mais de mil palestinos detidos por Israel.
Com Reuters*
noticia por : UOL