Pela primeira vez desde sua condenação em 2010, o cineasta dissidente poderá participar de um festival internacional de cinema, disse uma fonte próxima a ele na segunda-feira.
O premiado diretor, que também ficou preso por vários meses entre 2022 e 2023, conseguiu deixar Teerã com sua equipe para chegar a Cannes, de acordo com esta fonte.
Durante seus anos na prisão, Panahi ganhou o Urso de Ouro em Berlim em 2015 por “Taxi Teerã”, o prêmio de Melhor Roteiro por “3 Faces” em Cannes em 2018 e o Prêmio Especial do Júri em Veneza em 2022 por “Sem Ursos”. Ele não pôde receber nenhum de seus prêmios pessoalmente.
Panahi também é o vencedor do Leão de Ouro de 2000 por “O Círculo”. Ele competiu pela última vez em Cannes em 2021 com o documentário “The Year Of The Everlasting Storm”, que foi exibido na mostra de sessões especiais.
No ano passado, seu compatriota Mohammad Rasoulof chocou o festival ao chegar a Cannes depois de fugir de seu país cruzando clandestinamente a fronteira para a Turquia. Ele apresentou “A Semente do Fruto Sagrado” e ganhou o Prêmio Especial do Júri.
O outro filme em competição pela Palma de Ouro, apresentado nesta terça-feira, é “Fuori”, do italiano Mario Martone, uma biografia da atriz e escritora italiana Goliarda Sapienza, ativista anarquista e feminista no século XX.
noticia por : UOL