12 de maio de 2025 - 8:21

Mães se dedicam aos filhos em atendimento no Hospital Santa Casa

A dona de casa Marcela Palma, 29 anos, moradora de Sinop, não pensou duas vezes quando precisou ficar internada com a filha Estela, de sete anos, por cerca de um mês no Hospital Estadual Santa Casa, mantido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), para realizar o tratamento da criança contra a pneumonia bilateral. “Ser mãe é uma entrega total”, explicou.

Na última terça-feira (06.05), elas brincavam na brinquedoteca do hospital, mas estavam ansiosas pela alta médica para curtir o Dia das Mães neste domingo (11.5) em casa. Marcela contou que seu maior presente seria ver a filha fora do hospital.

“Um mês aqui dentro. E ver assim as vontades dela, as datas passando. Nem só a dor que ela estava sentindo, mas por saber o que ela estava perdendo: as vontades de comer as coisas. As vontades de ver a mana, o aniversário do pai. Foi aniversário da vó. Foi a Páscoa”, disse. Já Estela queria poder comer uma pizza de estrogonofe de carne.

O diretor técnico da Santa Casa, Osvaldo Mendes, cirurgião pediatra há mais de 40 anos, avaliou esse apoio materno durante a internação como fundamental em todos os tratamentos, sejam cirúrgicos ou clínicos.

“A gente sabe da importância da presença da mãe diante do filho ou da filha. Até porque isso ajuda muito sobre o ponto de vista da recuperação da criança. E, acima de tudo, a tranquilidade que nos oferece porque ela, efetivamente, é uma auxiliar que a gente tem de essencial importância para a recuperação dos filhos”, explicou.

Mendes destacou que a Santa Casa tem um tratamento multiprofissional, com cuidado tanto para o paciente quanto para o acompanhante. “Você tem além da figura do médico, tem a enfermeira, a técnica de enfermagem, a psicóloga, a assistente social, e é fundamental você trabalhar nisso. Não é só a cura da doença. Também tem que tratar, basicamente, a mente tanto da criança quanto do adulto internados, como também das pessoas que acompanham. Daí a importância de ter alguém próximo dessa pessoa”, acrescentou.

A profissional de administrativo Thaynara Cristina Dias, 21, estava internada com seu bebê de nove meses, havia cinco dias, para tratar uma pneumonia nele. Ela contou que essa era a primeira vez que precisava ficar no hospital com o filho e elogiou o serviço da Santa Casa. “O atendimento é ótimo. O pessoal trata a gente muito bem e cuida bastante.”


Thaynara com seu bebê na brinquedoteca – Crédito: Luiza Goulart

A dona de casa Kerolayne Rocha da Silva, 31 anos, acompanhava, desde o dia anterior, o filho Lorenzo, 7 anos, que trata um sarcoma no setor de oncologia da Santa Casa desde fevereiro. Ela achava que ficariam lá por cerca de 10 dias, mas considerou que o hospital era o melhor lugar para o filho estar neste momento para que se recupere logo e termine o tratamento. “O sorriso do meu filho é o melhor presente que tem para mim neste momento”, afirmou.


Kerolayne e o filho Lorenzo (no destaque) – Crédito: Luiza Goulart e Arquivo pessoal

Felizmente, porém, eles tiveram alta médica na quinta-feira (08.5). Kerolayne também elogiou o atendimento da equipe da Santa Casa. “Muito bom, eles ajudam bastante, tanto na conversa, vem a psicóloga também que a gente precisa bastante, né? Eles têm toda uma atenção voltada para nós, então a gente é muito bem assistido aqui. Não só as mães, mas principalmente os pacientes.”

A açougueira Josiane Batista Barbosa, 33 anos, é mais uma mãe que conhece bem a Santa Casa e se dedica aos cuidados da filha. Ela chegou com a filha Loys Rhavenna, uma menina de seis anos que trata meduloblastoma há um ano e meio, no dia anterior, e disse que o atendimento da unidade é excelente e que a filha adora a brinquedoteca.


Josiane e a filha Loys Rhavenna (no destaque) – Crédito: Luiza Goulart e Arquivo pessoal

“Todas as vezes que está internada ela vem brincar na brinquedoteca. Que é o cantinho dela, onde está mais acolhida. Que aqui é a segunda casa dela. O tratamento dela é bem longo, ainda tem um tempinho. A gente sempre foi bem acolhida aqui”, acrescentou.

Josiane contou que desde que foi descoberto o diagnóstico é ela que fica com a filha durante as internações. “Ela não consegue ficar com o pai dela e eu também não consigo ficar longe. E aí sempre sou eu que tenho que vir com ela e, enquanto eu estou aqui, ele está lá com o meu outro menino, que eu também tenho um menino de 7 anos”, disse.

Santa Casa

O Hospital Estadual Santa Casa conta com 25 leitos cirúrgicos, 25 leitos clínicos e 19 leitos de pronto atendimento infantil. A unidade possui duas brinquedotecas, sendo uma delas exclusiva para crianças internadas no bloco de oncologia. O hospital também tem uma sala especial para mães que estejam acompanhando pacientes na UTI possam repousar mais confortavelmente e tomar banho ou fazer um lanche.

O pronto atendimento infantil da Santa Casa foi modernizado em 2024 e o espaço teve a sua capacidade de atendimentos diários ampliada de 70 para 120. Ao longo do ano passado, foram realizados 43.594 atendimentos pediátricos. Neste ano, já foram 17.818 atendimentos. Em 2024, a Santa Casa realizou 2.346 cirurgias pediátricas e, em 2025, já foram 783. Já o número de atendimento ambulatorial pediátrico foi de 23.900 no ano passado e de 8.639 neste ano.

Fonte: Governo MT – MT

FONTE : MatoGrossoNews

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