A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito para investigar denúncias de estupro feitas por seis mulheres contra um pastor de uma igreja pentecostal situada no bairro Jardim Vitória, na região nordeste de Belo Horizonte.

Os relatos apontam que os crimes teriam ocorrido há cerca de 15 anos, quando uma das vítimas tinha apenas 16 anos de idade.

De acordo com os depoimentos, o pastor utilizava sua posição de liderança para se aproximar das vítimas e conquistar a confiança delas. Uma das mulheres afirmou, em entrevista à TV Globo, que os abusos começavam com toques e beijos forçados, evoluindo até a consumação do ato. Ela relatou ainda que o suspeito justificava os estupros como sendo “a vontade de Deus”.

“Ele falava que eu não precisava ficar assustada porque ele fazia tudo direcionado por Deus”, declarou a vítima à emissora.

Os abusos teriam ocorrido tanto no interior da igreja quanto na casa do pastor, mesmo com a presença de familiares. Conforme relato de outra denunciante, o pastor ameaçava difamar as vítimas dentro da congregação caso elas revelassem o que havia acontecido.

O caso veio à tona depois que uma das mulheres decidiu procurar a polícia no mês passado. A iniciativa encorajou outras cinco a também registrarem as denúncias. Todas estão sendo acompanhadas pela Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual, responsável pela investigação, de acordo com a rádio CBN.

Em nota oficial, a Polícia Civil confirmou que os inquéritos foram abertos para apurar as acusações feitas por seis vítimas, e que as apurações seguem em andamento. Até a noite desta quinta-feira (9), nenhuma prisão havia sido efetuada.

Representantes da igreja pentecostal foram procurados pela imprensa, mas nenhum contato foi respondido.