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Kelli Jacob Gerente de Marketing da São Benedito S.A
KELLI JACOB
Modas vêm e vão. Ondas nascem e morrem no horizonte. Sempre foi assim, e sempre será. O marketing, como reflexo da sociedade, também surfa essas marés. TikTok, fórmulas mágicas, inteligência artificial, algoritmos preditivos. Tudo seduz. Tudo promete atalhos. Mas quem realmente vence não é quem enfrenta a onda de peito aberto, tentando nadar contra ela. Vence quem surfa na crista com técnica, sensibilidade e visão.
Neste 8 de maio, celebramos o profissional que entende isso. Aquele que sabe que a ferramenta muda, mas a essência permanece; conquistar corações, provocar sentimentos, criar histórias que resistam ao tempo. Somos seres de narrativa. Em meio à enxurrada de conteúdos fabricados para “viralizar”, a verdadeira conexão nasce do que é humano. Não da fórmula.
Não é a IA, nem o SEO, nem a métrica vazia que garantem a relevância de uma marca ou de uma ideia. É a capacidade de tocar aquilo que é intangível; a memória afetiva, a emoção genuína, o senso de pertencimento.
Quando a crise aperta, não buscamos inovação. Buscamos conforto. Recorremos a histórias conhecidas, a músicas que atravessam gerações, a sentimentos universais como amor, honra e amizade. O marketing cultural da Coreia, os doramas, os filmes de Miyazaki, os romances de Gabriel García Márquez, os clássicos de Cazuza, Rita Lee, Legião Urbana, Elis Regina, Belchior, Beatles e Queen estão aí para provar: o que tem alma atravessa gerações. O que fala direto ao coração permanece, mesmo quando as linguagens e tecnologias mudam.
A inteligência artificial veio para acelerar processos. Não para substituir a alma do processo. O profissional de marketing que prospera hoje é aquele que integra, que respeita o humano por trás do dado, que lê o sentimento por trás da métrica, que transforma campanhas em histórias e marcas em experiências de vida. No fim, vender continua sendo o objetivo. Mas encantar continuará sendo a arte. Feliz Dia do Profissional de Marketing. Sigamos surfando, com os pés firmes na prancha e o olhar no que nunca muda: o humano.
Kelli Jacob, Gerente de Mkt da São Benedito S.A
FONTE : ReporterMT