Segurança e isolamento eram importantes para a escolha do local. Desde o século 13, após o Segundo Concílio de Lyon (1274), se estabeleceu a prática de isolar os cardeais durante o conclave. Isso forçou a Igreja a buscar espaços que pudessem garantir sigilo e segurança. Palácios com estruturas fortificadas ou áreas facilmente vigiáveis passaram a ser preferidos, mesmo que, em muitos casos, não tivessem infraestrutura ideal para longas estadias.
Roma nem sempre foi o centro do papado. Entre 1309 e 1377, durante o chamado Cativeiro de Avinhão, os conclaves foram realizados em solo francês, principalmente no Palácio dos Papas de Avinhão.
A instabilidade política levou o conclave também para cidades como Perugia, Viterbo e até Florença. Essa dispersão só foi contida com o fortalecimento do poder papal e o retorno definitivo da Cúria a Roma.

O conclave mais demorado, por exemplo, ocorreu em Viterbo. A eleição se iniciou em 1268, no Palácio Papal de Viterbo e terminou apenas em 1271 — três anos depois. Para agilizar o processo, trancaram os cardeais, racionaram a alimentação e por fim, removeram parcialmente a cobertura do local.
A Capela Sistina passou a ser utilizada a partir de 1492. A construção, concluída em 1481 por ordem do papa Sisto 4º (de quem herdou o nome), foi usada pela primeira vez como local de conclave na eleição de Alexandre 6º, em 1492.
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