
Daniel Friesen, cineasta e ator em ascensão no cinema cristão, concedeu entrevista exclusiva detalhando sua trajetória, métodos de produção e o próximo lançamento “Até que o Fim nos Separe”, premiado em festival secular nos EUA e com estreia prevista no Brasil para 2025.
Casado com a cantora Marine Friesen e pai de três filhos, o ator e diretor combina mensagens de fé com excelência técnica, posicionando-se como voz influente para jovens e não cristãos.
Trajetória e filosofia:
/Friesen ganhou destaque com “Código do Armagedom” (2021), filme que alerta sobre a volta de Cristo e alcançou o Top 10 de aluguéis em plataformas digitais.
“Quero que as pessoas tenham um encontro com Jesus, mesmo que entrem no cinema sem fé”, afirmou. O longa impactou espectadores além do público religioso, com relatos de “e-mails de não cristãos que repensaram suas vidas”, segundo o diretor.
Processo criativo
O cineasta destacou a importância de práticas espirituais em seus projetos: “Cada decisão passa por oração, jejum e orientação pastoral”. A esposa, Marine Friesen, é peça central nesse processo, atuando como parceira criativa e consultora musical. “Ela traz sensibilidade artística que equilibra minha visão técnica”, explicou.
“Até que o Fim nos Separe”, seu próximo filme, venceu como “Melhor Longa-Metragem” no New York Independent Film Awards e foi indicado em outro festival norte-americano.
A produção, baseada em fatos reais, retrata conflitos familiares e redenção, com lançamento marcado para 2025. “É um filme cristão premiado em circuito secular, o que prova que histórias de fé podem transcender fronteiras”, comemorou Friesen.
O trailer, divulgado em parceria com uma emissora em agosto, gerou 2,3 milhões de visualizações em 48 horas. “O objetivo é fazer o público refletir, não apenas entreter”, disse o diretor, que evitou spoilers, mas adiantou: “É uma narrativa crua, porém esperançosa, sobre lealdade e perdão”.
Futuros projetos:
Friesen planeja adaptar mais histórias reais, incluindo um drama sobre resgate social de jovens em situação de risco. “Vamos usar estratégias híbridas de distribuição: cinemas, streaming e debates pós-exibição em igrejas”, revelou. O objetivo, segundo ele, é “democratizar o acesso sem abrir mão da qualidade hollywoodiana”.
O cineasta integra uma geração que busca profissionalizar o cinema cristão. Em 2022, o filme “Código do Armagedom” teve 40% de sua audiência composta por não religiosos, segundo pesquisa interna. “Isso mostra que é possível conciliar mensagem e entretenimento sem pregar para convertidos”, analisou.
A indicação em festivais seculares é inédita para produções brasileiras do gênero. Para o crítico de cinema Raul Mendes, “Friesen está quebrando estereótipos ao evitar o proselitismo óbvio e investir em roteiros universais”.
Friesen viajará a Nova York em novembro para receber o prêmio e iniciar negociações para distribuição internacional de “Até que o Fim nos Separe”. Enquanto isso, finaliza a pós-produção de um documentário sobre milagres modernos, com lançamento previsto para 2024.
FONTE : Gospel Mais