Com um par de divergências, o ministro Luiz Fux abriu uma pequena fresta na unanimidade que costuma marcar os julgamentos da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro celebrou as divergências. Um dos seus defensores disse enxergar certa luminosidade no fim do túnel. Quem advoga para clientes desesperados não deveria se desesperar, pois só quem espera tem direito ao desespero.
Bolsonaro e seus defensores enxergam luz onde ainda prevalece o pus. Numa divergência, Fux ficou vencido no pedido para que o julgamento da trama golpista fosse transferido para o plenário do Supremo. Por 4 votos a 1, o caso permaneceu na Primeira Turma. Noutra divergência, ainda mais sutil, Fux associou-se à suspeita dos doutores de que o delator Mauro Cid mentiu. Mas considerou que, “nesse momento”, não seria adequado anular o acordo. A delação foi mantida por 5 a zero.
No mais, caíram por unanimidade todas as outras questões preliminares levantadas pelas defesas. Prevaleceram os pontos de vista do relator Alexandre de Moraes. O segundo dia do julgamento da denúncia da trama golpista começou com os oito acusados do “núcleo crucial” da denúncia do procurador-geral da República Paulo Gonet praticamente acomodados no banco dos réus.
noticia por : UOL