31 de março de 2025 - 15:18

Professora cristã demitida por compartilhar visão bíblica sobre pecado

Uma professora cristã do Reino Unido, que afirmou a seus alunos que se identificar como LGBT era um pecado, perdeu uma ação judicial contra sua demissão, após um painel de conduta profissional concluir que seus comentários constituíam conduta antiprofissional.

A juíza Beverly Lang, da High Court, rejeitou o recurso de Glawdys Leger, 44 anos, professora de línguas modernas. Ela havia sido demitida da Bishop Justus Church of England School, em Bromley, em maio de 2022, devido a comentários feitos durante uma apresentação para alunos do sétimo ano em fevereiro de 2022.

Durante a aula de estudos religiosos, Glawdys foi encarregada de ensinar sobre direitos humanos e apresentou um PowerPoint que abordava tópicos LGBT e “características protegidas”, conforme os documentos judiciais. Ela explicou suas crenças cristãs aos alunos e justificou sua posição de que a ideologia LGBT contradiz esses princípios.

Conforme os documentos, uma aluna, orientada por sua mãe a anotar possíveis comentários “transfóbicos”, registrou as falas da professora, que sua mãe considerou “muito angustiantes”.

Glawdys foi acusada de fazer “comentários inapropriados”, como afirmar que se identificar como LGBT “não é bom” e constitui um “pecado”, que “Deus deveria estar antes dos LGBTQ+”, que “as pessoas sempre serão vistas por Deus como tendo seu gênero de nascimento” e que pessoas trans seriam “simplesmente confusas”.

Ao rejeitar o caso da professora, a juíza Lang afirmou que as conclusões do painel eram “sanções justificáveis e proporcionais à sua conduta profissional inaceitável”. Ela também concluiu que não houve “nenhuma violação” do Artigo 8 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos.

O Christian Legal Centre (CLC), que representava Glawdys, argumentou que ela se opôs ao conteúdo do currículo do sétimo ano, que incluía, segundo a organização, “conteúdo extremo sobre identidade de gênero”, sugerindo que crianças poderiam nascer em corpos “errados”. O currículo também abordava identidades de gênero como pansexual, assexual, intersexo e transgênero.

Após a reclamação de um aluno que registrou os comentários de Glawdys Leger, a escola suspendeu a professora em março de 2022 e a demitiu dois meses depois. Em dezembro de 2023, a Agência de Regulamentação do Ensino publicou a conclusão do painel, que não impôs uma proibição para a professora voltar a lecionar.

Glawdys recorreu ao Tribunal Superior, argumentando que suas declarações precisavam de mais contexto e que a divulgação do caso violava sua privacidade. Ela também alegou que a exigência da escola de oferecer um currículo amplo não se aplicava a ela enquanto professora individual.

No julgamento, a juíza Lang afirmou que a decisão do painel foi “justificada” e que os resultados seriam retirados da vista do público após dois anos. Ela ainda citou a visão do painel de que, embora as declarações de Glawdys “não respeitassem o direito dos outros”, elas não decorriam de “falta de tolerância” e não tinham a intenção de causar sofrimento.

Andrea Williams, diretora executiva do Christian Legal Centre, afirmou que Glawdys “se importava profundamente com as crianças sob seus cuidados e queria ensiná-las sobre tolerância e esperança encontradas na fé cristã”, acrescentando que que a professora foi punida por isso, chegando a correr o risco de perder sua licença para ensinar, conforme informado pelo The Christian Post.

FONTE : Gospel Mais

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