Um grupo de pastores da Convenção Batista do Sul (SBC) está pedindo à denominação que reconsidere uma emenda que proibiria permanentemente o ministério feminino de pastoreio em igrejas-membro.
A proposta, que ficou a cinco pontos percentuais de ser aprovada no ano passado, ainda gera debates dentro da convenção. Em uma carta intitulada “Uma Carta Aberta à Nossa Família Batista do Sul”, líderes e pastores pedem que a emenda seja discutida na próxima Reunião Anual da SBC, prevista para ocorrer em Dallas, Texas.
A carta faz referência a uma recente decisão do Comitê de Credenciais da SBC, que permitiu que uma igreja na Carolina do Sul continuasse em cooperação com a convenção, apesar de ter uma mulher servindo como pastora-professora.
“Essa emenda teria esclarecido que a Convenção somente consideraria uma igreja em cooperação amigável que ‘afirma, nomeia ou emprega somente homens como qualquer tipo de pastor ou presbítero, conforme qualificado pelas Escrituras’”, afirma o documento.
Os pastores que assinam a carta, como Nate Akin, diretor executivo da Pillar Network, e o pastor HB Charles, da Igreja Batista Metropolitana de Shiloh, argumentam que o Comitê de Credenciais precisa de um esclarecimento que a emenda poderia fornecer.
Eles defendem que, com a aprovação das últimas duas convenções, a SBC já demonstrou o desejo de adotar essa mudança. O grupo solicita que a reunião anual suspenda a regra que transferiria a decisão da emenda para o Comitê Executivo, permitindo que o assunto fosse diretamente votado pelos mensageiros.
A proposta, nomeada em homenagem ao pastor Mike Law, da Igreja Batista de Arlington, visa alterar a Constituição da SBC para afirmar que nenhuma igreja membro pode ter um ministério feminino no campo do pastoreio.
A emenda está alinhada com o entendimento da Fé e Mensagem Batista de 2000, que define o ofício pastoral como sendo exclusivamente para homens qualificados pelas Escrituras.
Apesar do apoio de vários líderes dentro da convenção, a emenda enfrenta resistência. O ex-presidente da SBC, JD Greear, criticou a proposta, chamando-a de “insensata” e “desnecessária”, argumentando que poderia resultar em um êxodo de igrejas minoritárias.
Durante a Reunião Anual de 2023, a emenda obteve 61% dos votos, mas não alcançou os dois terços necessários para sua aprovação. Após a votação, a organização Baptist Women in Ministry, baseada no Texas, celebrou o fracasso da emenda, destacando que sua derrota envia uma mensagem de valorização das mulheres no ministério.
A discussão sobre a emenda continuará na próxima reunião da convenção, e uma nova votação está prevista para 2026, caso a proposta seja novamente submetida, segundo informações do portal The Christian Post.
FONTE : Gospel Mais