O inventor alemão Johannes Gutenberg concluiu a impressão da primeira Bíblia utilizando sua impressora de tipos móveis em 23 de fevereiro de 1455, um feito que representou um marco significativo na história da humanidade.
Com isso, a produção em massa de livros se tornou possível, o que ampliou o acesso ao conhecimento e à informação para um público mais amplo. Esse fato foi preponderante para que a Reforma Protestante transformasse o mundo.
O processo de impressão da Bíblia de Gutenberg iniciou-se por volta de 1450, em sua oficina localizada em Mainz, Alemanha. No entanto, especialistas sugerem que ele já poderia ter começado a desenvolver a tecnologia de impressão desde a década de 1430. A conclusão da Bíblia em 1455 demonstrou a viabilidade da sua invenção.
A Bíblia impressa ficou conhecida como “Bíblia de Gutenberg”, mas também é referida como “Bíblia de Mazarin” ou “Bíblia de 42 linhas”, devido ao número de linhas por coluna nas páginas impressas.
A tiragem inicial contou com 180 cópias, das quais 49 ainda existem no mundo atualmente, sendo que apenas 20 delas estão completas, com os dois volumes originais.
Tecnologia
A inovação de Gutenberg consistiu no uso do tipo móvel, um sistema composto por blocos de letras e símbolos individuais que podiam ser rearranjados para criar palavras e frases.
Após o tipo ser revestido com tinta, era pressionado contra o papel ou velino, um pergaminho caro feito de pele de animal. Gutenberg também foi responsável pela invenção da prensa de madeira, dos tipos de metal e da tinta à base de óleo, elementos que contribuíram para a eficácia e eficiência do novo processo de impressão.
Gutenberg contou com o auxílio de seus sócios, Peter Schoeffer e Johan Fuchs, na produção da tiragem inicial. No entanto, posteriormente, houve um conflito judicial entre eles, embora as informações sobre o incidente sejam limitadas e pouco confiáveis.
A invenção da impressão era especialmente necessária na época devido ao crescimento das universidades e à crescente demanda por livros. Antes disso, os livros eram feitos manualmente ou impressos em blocos de madeira, o que limitava a produção e tornava o acesso ao conhecimento mais restrito.
Especialistas consideram a Bíblia de Gutenberg não apenas o primeiro livro impresso da história, mas também um dos melhores, destacando a qualidade do papel, da tinta e a perfeição da impressão, conforme informado pelo Evangelical Focus.
Esse avanço tecnológico teve repercussões culturais e sociais profundas, sendo um dos fatores que contribuíram para eventos significativos da época, como a Reforma Protestante.
FONTE : Gospel Mais