25 de fevereiro de 2025 - 11:19

Putin sinaliza abertura à Europa após encontro de Macron com Trump

Ao ser questionado sobre a possibilidade de a Ucrânia ceder território à Rússia como parte de um acordo de paz, Trump evitou dar uma resposta direta. “Vamos ver”, disse, reforçando que as negociações ainda estão no início.

Durante uma coletiva de imprensa realizada após o encontro na Casa Branca, Macron destacou os avanços nas negociações e reafirmou o seu compromisso com um comércio justo entre os Estados Unidos e a Europa. Ele mencionou que conversou com Trump para evitar uma guerra comercial e garantir investimentos equilibrados entre os dois lados do Atlântico. O presidente francês também enfatizou que a Europa está disposta a dividir de forma mais justa os encargos com segurança, alinhando-se à demanda de Trump para que os países do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentem seus gastos com defesa.

Macron também abordou a questão da guerra na Ucrânia, ressaltando que qualquer acordo de cessar-fogo deve incluir garantias concretas de segurança e reconstrução, sem significar a rendição de Kiev. Ele afirmou que, apesar de ter interrompido o diálogo com Vladimir Putin após os crimes de guerra cometidos em Bucha, vê uma oportunidade para reabrir as conversas sob novas condições. O presidente francês reiterou que a paz só será viável com compromissos verificáveis da Rússia e que a comunidade internacional deve garantir que a lei internacional prevaleça sobre a força.

Dia de revés para Ucrânia e Trump nas Nações Unidas

No terceiro aniversário da invasão russa à Ucrânia, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução proposta pelos Estados Unidos pedindo o fim da guerra, mas sem mencionar a agressão russa. A medida recebeu 10 votos a favor, enquanto cinco países, incluindo Reino Unido e França, se abstiveram. Paralelamente, a Assembleia Geral da ONU aprovou, também nesta segunda-feira, uma resolução redigida pela Ucrânia e apoiada pela União Europeia, condenando a Rússia e exigindo a retirada imediata de suas tropas do território ucraniano.

A votação na Assembleia Geral revelou um apoio menor à Ucrânia em comparação com anos anteriores. A resolução foi aprovada por 93 votos a 18, com 65 abstenções, um número inferior ao das votações anteriores, quando mais de 140 países condenaram a agressão russa. O governo Trump se opôs à medida ucraniana e tentou emplacar a resolução alternativa dos EUA, que evitava citar Moscou, mas não conseguiu apoio suficiente.

noticia por : UOL

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