13 de fevereiro de 2025 - 15:53

PF faz operação contra traficantes que fraudavam programa Farmácia Popular

DO REPÓRTER MT

A Polícia Federal realiza, nesta quinta-feira (13), uma operação contra um grupo de traficantes de drogas que fraudava o programa Farmácia Popular, do Governo Federal.

Segundo a polícia, foram cumpridos seis mandados de prisão, 26 de busca e apreensão, além de 28 medidas restritivas e o bloqueio de R$ 39 milhões em bens dos investigados. Além de Mato Grosso, a ação ocorreu em Goiás, Paraíba, Acre, Minas Gerais e no Distrito Federal.

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A investigação teve início em 2022, após a prisão em flagrante de dois indivíduos que estavam transportando grande quantidade de cocaína com destino a Luziânia, em Gpiás. Apurou-se que a droga seria destinada a um traficante da região que, inclusive, chegou a ser candidato ao cargo de vereador nas eleições municipais do ano de 2024.

A investigação ainda apontou que os envolvidos eram responsáveis pela internalização de grandes volumes de substâncias entorpecentes, provenientes, sobretudo, da Bolívia, Colômbia e do Peru. As drogas eram revendidas, principalmente, a traficantes do entorno do Distrito Federal que, nos termos dos elementos indiciários coletados, possuem vínculos com facções criminosas de repercussão nacional.

Ao fazer o rastreamento das movimentações financeiras de integrantes do grupo, identificou-se a abertura de diversas empresas do ramo farmacêutico para lavagem de dinheiro. Essas empresas eram depois usadas para fins de obtenção de recursos do programa Farmácia Popular, do Governo Federal. 

Os valores obtidos a partir das atividades fraudulentas, posteriormente, foi utilizado por parte dos investigados para fins de financiamento ao tráfico de drogas. Foram identificadas ao menos 28 empresas diretamente utilizadas pelo grupo para fins da prática dos referenciados atos de estelionato em desfavor da União.

Como funcionava as fraudes 

Segundo a investigação, os suspeitos compravam empresas cadastradas no programa, mas que haviam encerrado suas atividades. Eles faziam as alterações societárias com a ajuda de uma pessoa que atuava como espécie de “despachante” junto aos órgãos públicos atuantes no programa.

Depois, ocorria um aumento do número de lançamentos de medicamentos comercializados por meio do programa Farmácia Popular, seja no fornecimento de remédios de forma gratuita ou abaixo do custo. Em seguida, eles recebiam do governo os valores referentes aos medicamentos fornecidos.

Notou-se que, durante o funcionamento lícito dos estabelecimentos, os repasses mensais do PFPB não ultrapassavam R$ 5 mil e que, após o início das fraudes, cada farmácia passava a receber valores que giravam em torno de R$ 60 a R$ 90 mil por mês.

Diante desse esquema criminoso, além dos ganhos provenientes das atividades ilícitas relacionadas ao tráfico de drogas, as medidas de constrição patrimonial também englobam uma estimativa de prejuízos gerados em desfavor da sociedade o que implicou na majoração dos valores de bloqueio para fins de imposição de Dano Moral Coletivo.

FONTE : ReporterMT

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