Algumas delegações questionaram o método de trabalho, pois não está claro se os comentários das delegações ou até da sociedade civil estão sendo aceitos, se haverá uma negociação linha por linha ou como as propostas submetidas por alguns países serão considerados.
Negociadores escolhidos para preparar o texto estão sendo acusados de agir sem transparência e, segundo as ONGs, não há clareza sobre como o rascunho evoluirá e quais contribuições serão incorporadas.
Ficou ainda confirmado que as negociações do texto em si acontecerão apenas em março, em uma reunião fechada e sem a possibilidade de participação da sociedade civil.
Diante da situação, uma coalizão da sociedade civil enviou uma carta aos mediadores do processo alertando sobre a situação.
“Estamos preocupados com os planos para que a próxima fase das negociações continue a portas fechadas e, portanto, afastada do escrutínio público, da responsabilidade e do acesso da sociedade civil”, indicaram.
“O roteiro de negociação, portanto, rompe com a prática anterior, compromete as práticas bem estabelecidas e prejudica a capacidade da sociedade civil de contribuir com o processo, testemunhando as posições dos Estados Membros e interagindo com eles, defendendo os princípios da ONU de participação democrática e responsabilidade”, disseram.
noticia por : UOL