Equipes do Corpo de Bombeiros atuam neste domingo (9) no combate ao incêndio que atinge uma fábrica de óleos lubrificantes na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro, há mais de 24 horas.

De acordo com a corporação, 116 militares de 20 quarteis atuam na ocorrência desde o início da tarde deste sábado (8), quando as chamas começaram. O trabalho se estendeu pela madrugada e às 13h os agentes ainda faziam trabalho de rescaldo no local.

Apesar da grande proporção que as chamas atingiram, não houve registro de vítimas.

A Polícia Civil vai investigar as causas do incêndio.

A área que fica em um bairro residencial foi isolada, mas, segundo a Defesa Civil, não houve necessidade de retirada dos moradores.

A fábrica, que fica na rua Campo da Ribeira, pertence à empresa Moove que afirmou que o local estava inoperante neste sábado e que os protocolos de segurança necessários foram aplicados.

Ainda segundo a empresa, o incêndio ocorreu na área de produção da fábrica e não atingiu os tanques de armazenamento de combustível, que interligados com a Reduc (Refinaria Duque de Caxias) por tubulações que passam por baixo da baía de Guanabara.

O governo do estado informou que, em conjunto com a Capitania dos Portos, ativou um plano voltado para o controle e mitigação de danos ambientais. Além disso, o órgão irá apurar as causas e respostas da empresa ao incêndio e aplicará as sanções cabíveis.

Técnicos do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) estiveram no local para avaliar possíveis danos ambientais provocados pelas chamas.

Segundo o governo, como medida preventiva, o Instituto mobilizou duas lanchas e quatro embarcações de resposta a emergências, equipadas com barreiras de contenção e absorção, além de 2.000 litros de líquido gerador de espuma (LGE) para auxiliar no combate às chamas. Outras quatro embarcações com bombas de lançamento d’água também foram deslocadas para reforçar a contenção dos impactos ambientais.

Por volta das 21h deste sábado, o governo do estado anunciou a formação de um gabinete de gestão para a ocorrência, coordenado pela Defesa Civil estadual, que atua com órgãos estaduais e municipais.

“Estamos utilizando diversas técnicas de combate as chamas, como por exemplo, os líquidos geradores de espuma, que são indicados para o combate à incêndios em líquidos inflamáveis. Parte da estrutura cedeu, o que possibilitou que fizéssemos o combate também com as nossas escadas e plataformas mecânicas”, disse o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Tarciso Salles.

Ainda segundo o secretário, as equipes atuaram com auxílio de drones que realizaram um mapeamento térmico em toda a área atingida, além do apoio de 30 viaturas.