21 de janeiro de 2025 - 10:01

Trump vai a bailes após posse, agradece doadores e exalta ordens do 1º dia

Após tomar posse como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump seguiu para uma sequência de festas de gala no fim da segunda-feira (20). “Estamos tendo um dia e tanto”, disse ao público no Baile da Liberdade, após dançar com a primeira-dama Melania ao som de música lenta. Era o segundo de três bailes previstos para a noite.

Trump discursou, repetindo os pontos centrais de sua campanha, e foi embora alguns minutos depois. Antes, porém, assistiu a uma apresentação do Village People, cujo “Y.M.C.A.” virou trilha da campanha republicana. Até dançou um pouco.

Estava presente na festa o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que afirmou à Folha estar entusiasmado com o futuro dos EUA sob Trump. Lamentou, porém, a ausência do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, impedido pela Justiça de deixar o país. “É uma pena. O mundo está indo para uma direção, e o Brasil, para outra”, disse.

O impedimento foi uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que citou o risco de fuga de Bolsonaro. O passaporte do ex-presidente está retido devido a investigações —incluindo a de um suposto envolvimento na trama de um golpe em 2022.

Depois, Trump foi para o terceiro baile oficial da noite, chamado “Starlight” (luz da estrela na tradução para o português). O republicano chegou por volta de 00h (2h em Brasília) no evento.

O presidente dançou ao menos três músicas com a primeira-dama Melania Trump, sendo uma delas My Way, de Frank Sinatra.

Em seguida, discursou para centenas de apoiadores. “Muito obrigada, vocês foram meus doadores, muitos doaram grandes quantias de dinheiro”, afirmou o presidente.

Trump repetiu suas bandeiras de endurecimento da política de imigração e reforçou que assinou ordens nesta segunda (20) implementando um estado de emergência na fronteira com o México. Repetiu também acreditar que “criminosos” entram no país oriundos de outros países.

O discurso foi feito diante da plateia de apoiadores, mas também da equipe que trabalha na área de serviço da festa formada majoritariamente por imigrantes, alvo das críticas de Trump.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro estavam no baile. O presidente da Argentina, Javier Milei, também passou pelo pelo local, que ainda teve a presença do boxeador Mike Tyson.

É praxe que o presidente empossado participe das festas após as cerimônias. O Baile da Liberdade reuniu cerca de 15 mil pessoas, segundo a organização, em um imenso salão no centro de convenções da cidade. Chique, exigia traje completo. Menos elegante era a comida: queijos cortados de qualquer jeito e servidos em pratinhos de papel. A bebida era paga, e tinha longa fila.

Antes de Trump chegar, houve dois grandes shows. O primeiro, de Billy Ray Cyrus, pai de Miley Cyrus, foi um desastre. Ele parecia confuso e não conseguiu concluir as primeiras canções. Ainda não está claro o que ocorreu. Veio depois Jason Aldean, que animou a plateia com seu repertório country —gênero bastante popular entre os apoiadores de Trump nas regiões centrais do país. Sua canção “Try That in a Small Town”, de 2023, foi criticada por ter conteúdo supostamente racista.

noticia por : UOL

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