17 de junho de 2025 - 15:53

Iranianos manifestam apoio aos ataques de Israel contra instalações nucleares do Irã

Os ataques de Israel contra instalações nucleares iranianas, que tiveram início na última sexta-feira, desencadeou respostas complexas entre os iranianos, conforme relatado pela missionária Lana Silk, CEO da organização Transform Iran.

Em entrevista à CBN News, Silk descreveu um “alívio silencioso” entre cidadãos, contrastando com a retaliação oficial do regime islâmico. O ataque eliminou comandantes militares e líderes nucleares iranianos, levando o país a lançar mais de 300 drones e mísseis contra Israel no dia seguinte, elevando tensões regionais.

Silk, cuja organização mantém redes de contato dentro do Irã, detalhou cenas incomuns: “Moradores levantavam taças simbolicamente [sinal de comemoração], mesmo com prédios em chamas ao fundo”.

Segundo ela, o fenômeno reflete desgaste acumulado com o regime islâmico: “O povo sente-se preso há décadas. Muitos veem nisso uma chance única de mudança real”. Um iraniano teria enviado mensagem direta através dela: “Você [Israel] começou agora. Termine o trabalho”.

A missionária interpretou a retaliação iraniana como gesto simbólico: “Os drones lançados visavam minimizar perda reputacional, não causar danos reais”. Paralelamente, autoridades ordenaram civis a estocar suprimentos, gerando corrida a postos de gasolina e mercados.

Igreja clandestina mobiliza-se em meio à crise

Enquanto isso, a Igreja “clandestina” (oficialmente não autorizada pelo governo) – considerada a de crescimento mais acelerado globalmente – intensifica atividades.

Silk afirmou que comunidades cristãs preparam-se para “ser luz em tempos sombrios”, capitalizando o descontentamento social. Pesquisas anônimas citadas por ela sugerem que 80% dos iranianos preferem um governo democrático, cenário que alimenta conversões em massa.

Dados da Sociedade Bíblica Iraniana, liderada por Nahid, indicam aproximadamente 2.000 conversões diárias ao cristianismo, apesar da criminalização da mudança religiosa.

Todd Nettleton, da organização The Voice of the Martyrs, vinculou o fenômeno ao fracasso socioeconômico: “Com mais da metade da população na pobreza, corrupção endêmica e alta dependência química, os iranianos rejeitam o legado islâmico dos últimos 45 anos”.

A Bible Society (Reino Unido) reporta contrabando contínuo de Bíblias em farsi para suprir novos convertidos. Silk destacou a resiliência dos fiéis: “Quando sua fé é ilegal, resta uma igreja ousada e dependente de Deus”. O regime classifica igrejas evangélicas como “grupos políticos sionistas”.

FONTE : Gospel Mais

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