O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou à Justiça quatro homens suspeitos de envolvimento na morte do policial João Pedro Marquini, da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), uma unidade da Polícia Civil.

O policial foi assassinado no fim de março na frente da esposa, a juíza Tula Corrêa de Mello, na Serra da Grota Funda, em Vargem Grande, na zona oeste do Rio. Segundo o Ministério Público, Marquini foi vítima de latrocínio e a juíza de tentativa de latrocínio.

O crime foi cometido com o uso de fuzis calibre 5.56 e, de acordo com a denúncia, teve como motivação a tentativa de fuga e ocultação de crimes praticados anteriormente na região, em confrontos com milicianos.

Além dos quatro, outros 23 integrantes do grupo criminoso foram denunciados pela 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Centro por tráfico de drogas na comunidade dos Tabajaras, em Copacabana, na zona sul da cidade.

Segundo a investigação, o grupo tinha hierarquia definida, divisão de tarefas e usava fuzis e explosivos para garantir o controle do território e a segurança dos pontos de venda de drogas.

“As ações criminosas ocorriam nas proximidades de creches, hospitais e áreas de lazer, colocando em risco a população local”, diz nota do Ministério Público.

Entre os denunciados estão responsáveis pelo abastecimento e “controle de qualidade” das drogas, contabilidade, segurança armada, logística e entrega das drogas, por meio de delivery.

A promotoria afirma ainda que a atuação da organização envolvia ataques a comunidades dominadas por milícias rivais.

A 17ª Vara Criminal da Capital determinou a prisão dos 27 denunciados pelo Ministério Público. Em operação realizada na manhã desta segunda-feira (16), na comunidade dos Tabajaras, seis homens foram presos e um morreu.

Os mandados de prisão foram cumpridos por policiais da Delegacia de Homicídios da Capital e da Core.

As defesas dos denunciados não foram localizadas.