18 de junho de 2025 - 0:06

Greg Laurie sobre o Irã: ‘Cumprimento de profecias sobre o fim dos tempos? Sim e não’

Diante dos recentes ataques aéreos de Israel contra instalações nucleares iranianas, líderes cristãos evangélicos nos Estados Unidos voltaram a levantar reflexões sobre o possível cumprimento de profecias relacionadas ao fim dos tempos.

Pastores e especialistas em escatologia bíblica têm chamado atenção para o momento atual, sugerindo que os acontecimentos no Oriente Médio podem representar marcos importantes na linha do tempo profética.

O evangelista Greg Laurie, da Harvest Christian Fellowship, publicou no fim de semana uma mensagem de alerta direcionada a cristãos sobre a gravidade dos desdobramentos envolvendo Israel e Irã: “Este é um assunto muito sério, e os estudantes da Bíblia devem prestar muita atenção”, afirmou.

“O regime iraniano há muito apoia o terrorismo em todo o mundo — especialmente contra Israel. Eles vêm desenvolvendo armas nucleares há algum tempo, e seus líderes têm repetidamente ameaçado usá-las para ‘varrer Israel da face da Terra’.”

Laurie orientou os fiéis a responderem com oração e vigilância espiritual: “Devemos estar em oração e caminhar em estreita colaboração com o Senhor. Estes são tempos perigosos, e precisamos de discernimento espiritual, coragem e fé mais do que nunca”.

Em sua postagem, Laurie observou que, embora os eventos atuais não constituam o cumprimento direto de uma profecia bíblica específica, eles podem representar sinais antecipatórios. “Como esta nova fase do conflito se alinha com Israel e o Irã na profecia bíblica? Este momento é o cumprimento de uma profecia específica sobre o fim dos tempos? Sim e não”, escreveu.

Ele explicou que a dispersão e posterior reunião do povo de Israel, concretizada em 14 de maio de 1948, é vista como o “supersinal” profético que deu início a um novo tempo na escatologia cristã.

Referindo-se ao livro de Ezequiel, Laurie declarou: “As Escrituras predizem que, nos últimos dias, uma grande coalizão do norte — incluindo a Pérsia (atual Irã) — se levantará contra Israel (ver Ezequiel 38–39). Embora o que estamos vendo hoje não seja o cumprimento pleno dessa profecia, certamente é um prenúncio”.

O evangelista concluiu sua mensagem com um apelo à oração: “Hoje, oramos para que Deus os proteja, que Deus os guie, e vamos todos nos certificar de que estamos prontos para encontrar o Senhor — porque, bem, Ele pode voltar a qualquer momento”.

Pontos de vista

Outros líderes cristãos também fizeram reflexões similares. Steve Myers, apresentador do programa Beyond Today, fez referência ao livro de Apocalipse para interpretar os recentes movimentos como parte de um cenário escatológico. “As Escrituras ensinam que haverá uma aliança de nações que se voltará contra Israel nos últimos dias. O Irã está ligado ao rei do sul, uma aliança de nações que enfrentará Israel e se oporá a uma aliança do norte nos últimos dias”, explicou, de acordo com a CBN News.

Myers associou os eventos à profecias de Apocalipse 16, que menciona um confronto global nos tempos finais: “Estas não são apenas palavras antigas. São avisos e sinais de alerta”, afirmou. Ele encorajou os ouvintes a buscar uma aproximação sincera com Deus. “Agora é a hora de se aproximar de Deus com sinceridade para buscar a Sua verdade e obedecer aos Seus mandamentos. Se você não O conhece de verdade […] não é tarde demais para aprender. Abra a sua Bíblia, busque os verdadeiros ensinamentos de Deus e alinhe-se com a Sua vontade enquanto ainda há tempo”.

Já o pastor John Hagee, fundador da organização Cristãos Unidos por Israel (CUFI), defendeu publicamente a ofensiva militar israelense, comparando-a a ações anteriores contra reatores nucleares do Iraque e da Síria. “O que Israel está fazendo, assim como quando destruiu os reatores nucleares do Iraque e da Síria, é proteger não apenas o estado judeu, mas todo o mundo livre”, declarou.

Segundo Hagee, o ataque deve ser visto dentro de um contexto de defesa da liberdade religiosa e política. “Devemos honrar nossos princípios de fé e o legado de enfrentar o mal e apoiar a liberdade. […] O futuro do Irã como uma força maligna no Oriente Médio está agora em questão. Somente o povo do Irã pode retomar o país, mas Israel abriu as portas para eles e deu ao mundo espaço para respirar”, concluiu.

A chamada “Operação Leão Ascendente”, nome atribuído à ofensiva israelense, foi interpretada por líderes cristãos como um possível novo marco nos desdobramentos que antecedem a Segunda Vinda de Cristo. Ao mesmo tempo, observadores de profecias bíblicas continuam a reforçar a importância de vigilância espiritual, sem afirmar de forma conclusiva que tais eventos constituam o cumprimento final das profecias do Apocalipse.

FONTE : Gospel Mais

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