13 de junho de 2025 - 17:22

Empresas financiam militância LGBT em escolas e entidade cristã faz alerta

O mês de junho, tradicionalmente associado às campanhas de celebração do orgulho LGBTQIA+, tem evidenciado uma ampliação nas estratégias corporativas relacionadas a identidade de gênero e orientação sexual. Diversas empresas têm direcionado apoio financeiro a instituições que atuam na área, como o The Trevor Project, organização norte-americana voltada à prevenção do suicídio entre jovens LGBTQIA+.

De acordo com informações divulgadas por veículos de imprensa dos Estados Unidos, companhias como Macy’s, Petco e Abercrombie & Fitch figuram entre os principais doadores da organização. O apoio se dá por meio de campanhas de arrecadação direta com consumidores, como o arredondamento de troco e a destinação de parte das vendas realizadas no mês de junho.

O The Trevor Project mantém, entre outras iniciativas, a plataforma online TrevorSpace, voltada a jovens que buscam suporte emocional e conexão com outras pessoas da comunidade LGBTQIA+.

Uma investigação independente, publicada em maio de 2024, apontou relatos de usuários que identificaram interações consideradas inapropriadas entre adultos e menores de idade, incluindo diálogos sobre práticas sexuais e sugestões de transição de gênero sem o envolvimento dos responsáveis legais. O conteúdo investigado não foi reconhecido oficialmente como política institucional pela organização.

As práticas do grupo também alcançam o ambiente escolar por meio da elaboração de materiais didáticos e orientações para profissionais da educação. Segundo documentos acessados por entidades jurídicas e educacionais, algumas das cartilhas sugerem que professores e administradores avaliem a reação potencial dos pais diante de uma revelação sobre identidade de gênero ou orientação sexual dos alunos, e decidam, com base nisso, o que será ou não comunicado às famílias.

A abordagem tem sido criticada por representantes de comunidades religiosas e grupos ligados à defesa dos direitos dos pais na educação dos filhos. “É preocupante ver que decisões tão importantes podem ser tomadas sem o conhecimento dos responsáveis”, afirmou em nota o Conselho de Pastores Evangélicos da Flórida, em 02 de junho.

No Brasil, estratégias corporativas similares também têm sido adotadas de forma contínua, não se limitando ao mês de junho. O Itaú Unibanco, por exemplo, apoia projetos culturais voltados à comunidade LGBTQIA+ por meio de editais específicos. A Starbucks oferece benefícios como reembolso para retificação de nome em documentos de funcionários trans, além de manter ações voltadas à inclusão em seus processos seletivos.

Empresas do setor de cosméticos, como Natura, Nivea, L’Oréal Brasil e Alpargatas, mantêm políticas internas de diversidade e inclusão. A L’Oréal, em comunicado institucional de abril de 2024, reiterou seu compromisso com a promoção de ambientes de trabalho plurais e equitativos. A Natura, por sua vez, tem integrado esse posicionamento a campanhas publicitárias e ao recrutamento interno, de acordo com a revista Comunhão.

O avanço dessas políticas é visto por especialistas em marketing como parte de uma tendência global de posicionamento institucional com base em valores e causas sociais. Segundo relatório da consultoria Nielsen, publicado em janeiro de 2025, consumidores da geração Z demonstram maior propensão a consumir de marcas que se alinham com suas visões sobre diversidade e inclusão.

Ainda assim, o apoio corporativo a organizações que atuam junto a públicos em situação de vulnerabilidade emocional e social tem suscitado questionamentos quanto à transparência, aos critérios de parceria e à proteção de crianças e adolescentes. Grupos religiosos, associações de pais e líderes comunitários têm reforçado a importância de que o diálogo sobre questões de identidade e sexualidade envolva também o núcleo familiar e respeite os limites da autoridade paternal.

A discussão permanece em curso, refletindo uma tensão entre diferentes perspectivas sobre o papel de empresas, escolas e instituições no desenvolvimento de políticas de acolhimento e inclusão

FONTE : Gospel Mais

Ouvir Band FM

LEIA MAIS