8 de junho de 2025 - 3:22

Chico 2000 e Joelson custam R$ 364 mil mesmo sem trabalhar

VANESSA MORENO

DO REPORTÉR MT

Com a decisão do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) que determinou a manutenção do pagamento dos salários dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson Fernandes (PSB), os dois custarão R$ 364 mil aos cofres públicos sem trabalhar, caso continuem fora da Câmara de Cuiabá até o fim deste ano. Eles foram afastados por suspeita de recebimento de propina em troca de apoio à aprovação de projetos de lei.

Chico 2000 e Sargento Joelson recebem por mês R$ 26 mil cada e foram alvos da Operação Perfídia, deflagrada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), no dia 29 de abril.

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Para manter o pagamento do salário deles, a juíza do Nipo, Fernanda Mayumi, alegou que, na decisão que determinou o afastamento dos vereadores, não houve ordem de suspensão de salários, por isso, eles devem ser mantidos.

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A presidente da Mesa Diretora da Câmara, Paula Calil, chegou a dizer que recorreria da decisão. No entanto, o procurador-geral da Casa, Eustáquio Inácio de Noronha Neto, analisou a possibilidade e concluiu que não há viabilidade jurídica para reverter a determinação da juíza.

Com isso, Chico 2000 e Sargento Joelson continuarão a receber os salários mensais. As verbas extras, como de gabinete e indenizatória não entram no pacote, pois esses benefícios são destinados aos suplentes que ocuparam a vaga deles na Câmara.

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O motivo do afastamento

Chico 2000 e Sargento Joelson foram acusados de se valer dos cargos e funções públicas para solicitar e receber vantagem indevida para facilitar a aprovação de matéria legislativa de interesse da empresa HB 20 Construções, responsável pelas obras no Contorno Leste, em Cuiabá. Os parlamentares teriam embolsado a quantia de R$ 250 mil, que seria parte de um montante de R$ 4.849.652,46 pagos pelo município à construtora, após a aprovação de um projeto na Câmara Municipal.

Além da determinação de afastamento, Chico 2000 e Sargento Joelson foram submetidos a mandados de busca e apreensão, tiveram seus passaportes apreendidos, bens sequestrados e R$250 mil bloqueados.

Eles estão impedidos de acessar à Câmara de Cuiabá e a empresa HB20 Construções e também não podem manter contato com funcionários da empresa e nem com testemunhas do caso.

FONTE : ReporterMT

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