Ativista sueca participa de missão marítima que tenta levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Embarcação partiu da Sicília neste domingo com outros 11 ativistas. Greta Thunberg, com outros ativistas de organizações de direitos humanos, fala a jornalistas em Catania, Itália, antes de partir para o Oriente Médio
Salvatore Cavalli/AP Photo
A sueca Greta Thunberg e outros 11 ativistas climáticos embarcaram neste domingo (1º) em um navio no sul da Itália, com destino à Faixa de Gaza, para:
protestar contra o bloqueio imposto por Israel;
levar ajuda humanitária;
e chamar a atenção do mundo para a crise.
Durante uma coletiva de imprensa antes da partida, Thunberg chorou ao afirmar que “o momento em que paramos de tentar é quando perdemos nossa humanidade”. Ela disse ainda que o silêncio mundial diante da situação equivale a “um genocídio transmitido ao vivo”.
Além de Greta, o navio transporta também o ator Liam Cunningham, da série Game of Thrones, e a eurodeputada francesa Rima Hassan, que é de origem palestina e que foi proibida de entrar em Israel por sua oposição à ofensiva militar.
Os ativistas esperam levar sete dias até chegar ao destino — caso não sejam interceptados. Uma tentativa anterior, em maio, fracassou.
Postura de Israel
Israel nega as acusações de genocídio e classifica as críticas como antissemitas.
Em maio, o governo afrouxou parcialmente o bloqueio à chegada humanitária, permitindo a entrada limitada de ajuda. Mas, segundo agências da ONU e organizações humanitárias, ainda é extremamente difícil levar suprimentos aos cerca de 2 milhões de palestinos em Gaza.
O governo israelense afirma que o bloqueio é uma forma de pressionar o Hamas a libertar os reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023. Desde então, a ofensiva israelense já matou mais de 52 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
O barco Catania, que vai levar a ativista Greta Thunberg a Gaza, ancorado na cidade de Catania no domingo (1)
Salvatore Cavalli/AP Photo
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Fonte: G1