No pedido sob Bolsonaro, ela pede “urgência” para “ajustar o formulário”. O principal ponto, argumenta a associação, seria exatamente excluir “a exigência e a especificação de prazo para revalidar a autorização”.
Em 2023, já sob Lula, requereu a liberação de descontos de associados um mês antes do desbloqueio de um lote de forma irregular. No dia 2 de outubro, foi requerido o desbloqueio de 32 mil autorizações represadas. Em 1º de novembro, o INSS desbloqueou de uma só vez 34.487 benefícios, alvos de suspeita da Polícia Federal.
A liberação foi feita em bloco e de forma irregular, segundo auditoria do próprio órgão. “A decisão do INSS, em outubro de 2023, de autorizar o desbloqueio em lote para atender à Contag foi tomada com base em justificativas que se mostraram infundadas e contrárias à legislação vigente”, afirmou a auditoria. O instituto apontou ainda que apenas 213 beneficiários realmente haviam comprovado as assinaturas e aguardavam pelo desbloqueio.
A liberação foi alvo da Justiça Federal. Foi exatamente este lote que levou a 15ª Vara Federal de Brasília a autorizar busca e apreensão sobre a Contag e seus dirigentes, com base nas investigações da PF.
Os dois documentos são assinados por três dos investigados pela Operação Sem Desconto na Contag: Aristides Veras dos Santos (presidente), Thaísa Daiane Silva (secretária-geral) e Edjane Rodrigues Silva (secretária de Políticas Sociais). Alberto Ercilio Broch, vice-presidente da confederação, também está entre os investigados.
Contag nega problemas
A Contag nega irregularidades. Em resposta ao UOL, a associação afirmou, por meio de nota, que todos os documentos necessários foram enviados ao INSS e o número chegou a esta soma por incluir três anos de autorizações represadas.
noticia por : UOL