21 de maio de 2025 - 22:01

RS conclui primeira rodada de visitas sanitárias contra gripe aviária

O governo do Rio Grande do Sul concluiu a primeira rodada de visitas a propriedades rurais localizadas em um raio de dez quilômetros do foco de contaminação por gripe aviária em uma granja em Montenegro.

Ao todo, 540 propriedades foram vistoriadas entre sábado (17), um dia após a confirmação do caso, e terça-feira (20).

Além disso, as equipes técnicas da Seapi (Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) fizeram a segunda visita em 19 propriedades com presença de aves situadas em um raio de três quilômetros do local do contágio.

Os animais localizados no perímetro de contenção (até 3 km) e na zona de vigilância (de 3 km a 10 km) estão sob monitoração pelas equipes do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da secretaria.

A Secretaria da Agricultura confirmou que, em uma das visitas, uma equipe realizou a coleta de uma ave de subsistência em uma propriedade no interior de Montenegro, sem fornecer detalhes sobre o quadro de saúde do animal. O material foi enviado ao Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Campinas (SP), para a realização de testes.

“A atividade está indo muito bem, acima da nossa expectativa de conclusão, e não temos nenhuma preocupação por enquanto”, disse Francisco Lopes, diretor-adjunto do departamento.

“Conseguimos superar nossa expectativa e cumprimos a primeira vigilância ativa em quatro dias”, explicou a diretora do departamento, Rosane Collares, em comunicado.

Segundo ela, uma nova rodada de visitas às propriedades em um raio de 10 km terá início no próximo sábado (24). Já a terceira vistoria nas propriedades no perímetro de contenção deve começar nesta sexta-feira (23).

A periodicidade das visitas é determinada pelo Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), conjunto de protocolos para lidar com casos da doença.

Além das ações de contenção, as equipes estão visitando escolas e estabelecimentos agropecuários próximos para fazer ações de educação sanitária.

As visitas, fiscalizações e atividades educativas são feitas por uma força-tarefa de quase 150 pessoas, mais da metade servidores da secretaria da Agricultura, incluindo 35 fiscais agropecuários e 46 técnicos agrícolas.

Também participam da operação 50 agentes da Brigada Militar, quatro auditores fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura, cinco servidores da prefeitura de Montenegro e outros cinco do Corpo de Bombeiros.


Na sexta-feira (16), o governo do Rio Grande do Sul confirmou a presença do vírus influenza aviária H5N1 em um aviário de galinhas matrizes nas proximidades do distrito de Vendinha, em Montenegro.

A notificação de mortalidade foi feita pelo aviário em 11 de maio, um domingo, e a interdição da propriedade ocorreu no dia seguinte. As amostras foram enviadas ao Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário no dia 13, e a presença do vírus constou em relatório parcial emitido no dia 15, um dia antes da confirmação pública pelo governo estadual.

Até aquele momento, haviam morrido 100% das galinhas em um dos criadouros da propriedade e 84% no outro.

No sábado (16), as últimas 1.358 aves vivas foram sacrificadas pelas equipes, utilizando o método de deslocamento cervical, recomendado pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal). Também foi realizada a remoção das carcaças e de ninhos. Ao todo, foram cerca de 17 mil aves mortas.

No mesmo dia, teve início o descarte de ovos férteis em um incubatório localizado em Soledade, vinculado ao foco de contaminação.

Como medida de contenção, o governo estadual instalou barreiras sanitárias em rodovias próximas à granja isolada. Segundo a Secretaria da Agricultura, mais de 1.200 veículos já passaram pelos pontos de desinfecção, que operam 24 horas por dia, até esta quarta-feira (21).

Na rodovia federal BR-386, foram montadas duas barreiras: uma no pedágio na entrada de Montenegro em direção a Porto Alegre, e outra no posto de pesagem de veículos em Triunfo. Outra barreira está na estrada TF-10, que leva ao Polo Petroquímico de Triunfo, onde trabalham mais de 6 mil pessoas.

Também foi instalada uma barreira na RS-124, rodovia estadual que dá acesso a cidades como Pareci Novo, Harmonia, Tupandi e São Pedro da Serra, municípios do vale do Caí com produção avícola, mas situados fora do raio de 10 quilômetros dos focos de contaminação.

Há ainda três bloqueios em estradas vicinais ao raio de contenção, incluindo uma de chão batido que foi bloqueada com uma barreira de terra.

noticia por : UOL

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