17 de maio de 2025 - 10:03

Convertido, ex-ativista LGBT relata superação dos traumas após abuso sexual na infância

James Parker, hoje com 34 anos e residente na Austrália, compartilhou publicamente sua história de vida marcada por abandono, abusos e uma busca por identidade que o levou ao ativismo LGBT — até encontrar uma transformação radical por meio da fé cristã.

O relato, divulgado em vídeo pela missão “True Love Is” no YouTube em 2023, detalha uma trajetória de décadas de conflitos emocionais e redenção.

Infância traumática

Abandonado pelos pais biológicos ao nascer, Parker foi adotado, mas sofreu abusos sexuais repetidos por amigos da família durante a infância. Aos 14 anos, ao perceber atração por pessoas do mesmo sexo, ligou para uma organização LGBT em busca de orientação. 

Um homem me disse: ‘Acho que você é gay. Esta é sua única opção, e só assim encontrará felicidade’”, relatou. Sem referências paternas, ele adotou o estilo de vida homossexual na adolescência. “Tentei preencher o vazio com pornografia, masturbação e mais de 200 parceiros. Estava perdido”, confessou.

Aos 17, assumiu-se gay para a família e amigos, que o apoiaram. Mudou-se para Londres aos 18 para estudar, integrou-se a grupos LGBT e chegou a identificar-se como “uma mulher heterossexual presa em um corpo masculino”. Manteve um relacionamento estável com um homem, mas continuou envolvido em encontros casuais.

Conversão

Na faculdade, Parker conheceu colegas cristãos cujo estilo de vida o impactou. “Desejei ter a integridade e a paz que eles tinham”, disse. Aos 22, decidiu “colocar Deus no comando” e encerrou o relacionamento.

Com ajuda de um discipulador, entendeu que buscava em homens “o amor paterno que nunca tive”. Paralelamente, iniciou terapia para tratar traumas dos abusos sofridos, que descreveu como “depravação que roubou minha dignidade”.

Processo de cura 

O processo incluiu perdoar os agressores e os pais biológicos. “O perdão foi primordial. Meus vícios e ansiedade diminuíram, e passei a reparar nas mulheres”, contou.

Parker afirmou que, com a fé, superou automutilação e pensamentos suicidas. “Jesus tomou minha vitimização na cruz. Hoje não sou apenas um sobrevivente”, testemunhou, segundo o God Reports.

Após anos de terapia e prática religiosa, Parker casou-se, teve filhos e se mudou para a Austrália, onde atua como conselheiro cristão. “Ajudo quem luta contra a homossexualidade, mostrando que há esperança além dos rótulos”, explicou.

Seu caso reacende debates sobre identidade de gênero, terapia de conversão e o papel da religião em processos de cura — temas que dividem opiniões entre especialistas em saúde mental e líderes religiosos.

A história de Parker, embora pessoal, ilustra discussões globais sobre traumas, orientação sexual e espiritualidade. Organizações LGBT+ contestam abordagens que associam homossexualidade à “cura”, enquanto grupos religiosos veem no relato mais uma prova de que ninguém nasce gay, sendo experiências sexuais traumáticas e a referência negativa paterna uma das possíveis causas para o desenvolvimento da tração por pessoas do mesmo sexo.

FONTE : Gospel Mais

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