Reprodução
O caseiro assassinou Renato Nery na Avenida Fernando Corrêa
FERNANDA ESCOUTO, VANESSA MORENO, DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva confessou, nesta quinta-feira (15), que assassinou a tiros o advogado Renato Nery. Em depoimento na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá nesta manhã, ele disse também que cometeu o crime a mando do casal de empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, que foram presos na semana passada.
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Renato Nery foi morto no dia 5 de julho de 2024, quando chegava em seu escritório, localizado na Avenida Fernando Corrêa, na Capital. Ele chegou a ser socorrido e submetido a uma cirurgia, mas morreu poucas horas depois.
O delegado Bruno Abreu disse ao que há muitas provas contra Alex. Em depoimento, o assassino além de confessar, também revelou estar arrependido.
Alex era caseiro do policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que também foi indiciado pelo crime.
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Na segunda-feira (12), durante entrevista coletiva, o afirmou que Heron contou que contratou o caseiro dois meses antes do assassinato. Em depoimento, onde detalhou a trama, o militar explicou que Alex passou a monitorar a rotina do advogado.
“O próprio policial que entregou o seu caseiro e ‘fiel amigo’, nos contou que ele monitorava a rotina do Renato há vários dias. Um dia antes e parou na porta do Renato, do escritório, então, o Renato poderia ter morrido um dia antes“, destacou.
“Foi com a mesma roupa [usada no do crime], com a mesma moto, ele para no mesmo lugar da onde ele atirou. Alguma coisa deu errado nesse dia, o Renato não foi pro local. […] Ele contratou o Alex dois meses antes“, completou o delegado.
Além de Alex e Heron, outro policial militar, Jackson Pereira Barbosa, de 39 anos, também foi indiciado por envolvimento no crime. As investigações revelaram que ele seria o elo entre os mandantes e os executores.
Até agora, foram apontados como supostos mandantes do crime o casal de empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos. Eles tiveram os mandados de prisão temporária cumpridos na semana passada.
O casal teria prometido em torno de R$ 200 mil para execução do advogado. Entretanto, a informação é de que eles pagaram apenas R$ 150. O valor teria sido dividido.
A motivação do crime seria uma disputa de terras.
FONTE : ReporterMT