John Kliewer, que havia sido afastado do cargo de pastor da Igreja Vineyard em Duluth, Minnesota, foi inocentado das acusações de má conduta após investigação conduzida por um profissional externo. A decisão foi comunicada em 13 de abril por meio de uma nota oficial do Conselho da Igreja Vineyard Duluth.
Segundo o relatório executivo do processo investigativo, conduzido por Justin Terch, da empresa Terch & Associates, “foi determinado, pela preponderância das evidências, que John Kliewer não se envolveu em má conduta trabalhista ao agir de forma ‘unilateral, autoritária, controladora e irracional’, nem ao demonstrar ‘raiva fervorosa’ no exercício de suas funções como pastor interino da Vineyard Church Duluth”.
Embora o relatório reconheça que algumas condutas possam merecer “discussões ponderadas e treinamento”, o conselho afirmou que avalia medidas para promover o desenvolvimento contínuo da equipe e capacitação em liderança.
As alegações contra Kliewer surgiram após uma carta assinada por Robb Morgan, diretor-gerente da Vineyard USA, datada de 6 de março. No documento, Morgan expressava preocupações quanto ao estilo de liderança de Kliewer e mencionava o uso prejudicial de poder. A decisão de iniciar a investigação ocorreu semanas após Kliewer criticar publicamente a condução de casos de abuso sexual por parte da Vineyard nos Estados Unidos.
A organização tem enfrentado ações judiciais relacionadas a casos de abuso sexual envolvendo Jackson Gatlin, ex-pastor de jovens e da comunidade online da igreja. Gatlin, de 36 anos, foi acusado em 2023 de abusar sexualmente de cinco adolescentes. Ele se declarou culpado de uma acusação de agressão sexual e, por outras quatro, utilizou o instrumento legal conhecido como plea de Alford — no qual o réu aceita que há provas suficientes para condenação, embora não admita culpa.
Segundo informações do Northern News Now, Gatlin foi condenado a um total de 13 anos por duas acusações, outros 13 anos por mais duas, e oito anos por uma quinta acusação. As penas serão cumpridas simultaneamente.
Além de Jackson Gatlin, seus pais, Michael e Brenda Gatlin, também foram citados nos processos civis. Michael era pastor sênior na igreja onde o filho conheceu as vítimas, e Brenda atuava na liderança local e nacional da Vineyard USA. Ambos renunciaram às suas funções no início de 2023 e não colaboraram com a investigação sobre os crimes cometidos por Jackson.
No comunicado de 13 de abril, o Conselho da Igreja Vineyard Duluth lamentou os impactos causados pelas acusações contra Kliewer. “Embora estejamos gratos que a investigação tenha inocentado John de qualquer má conduta, lamentamos a dor e a perturbação que essas acusações infundadas causaram a John, sua família, nossa equipe e a comunidade em geral”, declarou a liderança.
O comunicado também destacou que, nos últimos dois anos, a igreja reconheceu falhas em sua resposta a casos de abuso. “Abusos ocorreram dentro de nossa igreja e não os reconhecemos ou abordamos a tempo. Desde então, John tem se dedicado profundamente a transformar a forma como os abusos são tratados, tanto aqui na Duluth Vineyard quanto em toda a Vineyard USA”, informou o conselho.
Apesar da conclusão da investigação, Kliewer permanecerá afastado de suas funções pastorais por tempo prolongado. Em uma atualização enviada por e-mail no final de abril, ele comparou o processo de investigação a um procedimento médico invasivo. “Nunca fui investigado antes e não é uma experiência agradável, muito pior do que uma colonoscopia”, escreveu.
Kliewer também criticou os limites impostos à apuração: “Infelizmente, a investigação considerou apenas a disputa com a Vineyard USA, na medida em que forneceu contexto para a minha conduta. Esse escopo excessivamente restrito permitiu interpretações distorcidas sobre mim e abriu espaço para que a Vineyard USA tentasse me descredibilizar”.
Segundo o The Christian Post, apesar das críticas, Kliewer afirmou estar aliviado com o desfecho: “Estou aliviado que a verdade tenha sido revelada na investigação do Sr. Terch”.
FONTE : Gospel Mais