O pastor Teo Hayashi, líder da Zion Church, se pronunciou na quinta-feira, 1º de maio, sobre o caso do adolescente Miguel Oliveira, de 15 anos, conhecido nas redes sociais como “missionário mirim”.
Em vídeo publicado em sua conta no Instagram, Hayashi criticou a forma como a situação tem sido conduzida pelas lideranças religiosas responsáveis pelo jovem e defendeu que a principal falha não parte do adolescente, mas de seus orientadores.
“O menino tem 15 anos, cara. A maior falha é dos líderes na vida dele, que aparentemente preferem usá-lo do que ensiná-lo no caminho que ele deve andar”, afirmou o pastor.
Durante a gravação, Hayashi também questionou a ausência de respaldo familiar e pastoral diante da repercussão pública envolvendo Miguel: “Onde é que estão os pastores desse garoto pra guardar e proteger ele de todo esse circo que se criou ao redor da figura de um adolescente?”, indagou.
O pastor da Zion Church manifestou ainda preocupação com a generalização das críticas feitas ao movimento pentecostal e carismático em função do caso: “Esse aí não é um retrato verdadeiro da igreja pentecostal carismática. Nem toda igreja pentecostal é bagunçada”, disse. E completou: “Existem literalmente centenas, se não milhares, de pregadores avivados, carismáticos, pentecostais, que buscam usar a palavra como sua fundação”.
Miguel Oliveira ganhou visibilidade nas redes sociais por meio de vídeos em que aparece pregando e realizando supostas curas. A atuação do adolescente levou o Conselho Tutelar de Carapicuíba (SP) a determinar, na última semana, a proibição de atividades religiosas públicas, viagens e uso de redes sociais por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada após reunião com seus pais e com o pastor Marcinho Silva, líder da Assembleia de Deus Avivamento Profético, congregação frequentada por Miguel. Além da restrição de atividades, o adolescente deverá retornar às aulas presenciais, das quais estava afastado.
Apesar da determinação, Miguel publicou no Instagram, na quarta-feira, 30 de abril, uma mensagem em que afirma que seu retorno será “assustador”. A publicação gerou novas reações nas redes.
O Ministério Público de São Paulo também acompanha o caso e apura denúncias de ameaças que teriam sido feitas contra o adolescente nas redes sociais. Segundo a assessoria da família, os pais registraram boletim de ocorrência e optaram por não conceder mais entrevistas, visando preservar a integridade do filho.
FONTE : Gospel Mais