Amir*, cristão exilado do Irã, aguarda deportação forçada para seu país de origem, onde corre risco de prisão, tortura ou execução por abandonar o islamismo. Sua história, relatada à organização Portas Abertas, ilustra a realidade de milhares de cristãos perseguidos no Irã, classificado em 9º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025.
No Irã, a lei islâmica (Sharia) criminaliza a conversão religiosa e proíbe práticas cristãs. Muçulmanos que abandonam o islamismo enfrentam pena de morte por “apostasia”, enquanto igrejas não autorizadas são consideradas “grupos sionistas de oposição”.
Estima-se que centenas de cristãos estejam presos atualmente por motivos religiosos, segundo relatórios internacionais.
A Fuga
O cristão Amir deixou o Irã após não conseguir mais ocultar sua fé. Há dois meses, foi detido em um campo de deportados, onde aguarda repatriamento. “Se me mandarem de volta, não sei o que me espera”, disse.
Campos como o que ele está retido são descritos como insalubres: superlotados, com alimentação escassa e sem ventilação adequada, especialmente durante invernos rigorosos.
Mesmo detido, Amir evangeliza outros deportados, a maioria muçulmanos. “Alguns creem! Lemos a Bíblia juntos quando possível”, relatou. Durante o Ramadã de 2024, o discipulado tornou-se mais difícil, com novos convertidos enfrentando isolamento devido à intensificação de rituais islâmicos.
Amir os encoraja: “Não abandonamos o islã por pessoas, mas pela verdade. Jesus não muda com nosso medo”.
Perseguição no Irã
-
Conversão Criminalizada: Pena de morte para apostasia e até 10 anos de prisão para “propagação de outras religiões”.
-
Igrejas Fechadas: Nenhuma igreja protestante opera legalmente; cultos domésticos são alvos de batidas policiais.
-
Cristãos Presos: Entre 2020 e 2024, mais de 300 cristãos foram detidos, segundo a ONG Article18.
Pedidos de oração:
Amir solicitou orações para:
-
Novos Convertidos: “Que permaneçam firmes na fé”.
-
Própria Situação: “Para não ser deportado e continuar testemunhando”.
Organizações como a Portas Abertas pressionam por asilo político para casos como o de Amir. Enquanto isso, a comunidade cristã global monitora a situação, temendo represálias caso ele retorne ao Irã.
FONTE : Gospel Mais