17 de abril de 2025 - 19:35

Direita e esquerda fazem acordo para governar a Alemanha e barrar extrema direita


PSD, de centro-esquerda, e CSU, de centro-direita, afirmaram ter chegado a acordo. Aliança tornará Friedrich Merz, líder do CSU, o novo chefe de governo alemão e barra possibilidade da AfD chegar ao poder. Friedrich Merz, favorito para ser o novo chanceler da Alemanha.
REUTERS/Teresa Kroeger
Conservadores do CSU e social-democratas do PSD da Alemanha anunciaram nesta quarta-feira (9) que apresentarão um acordo para formar um novo governo no país. A aliança tornará o líder da centro-direita, Friedrich Merz, o novo chefe de governo alemão e barrará a extrema direita do país europeu de chegar ao poder.
Os conservadores e os sociais-democratas apresentarão seu acordo ainda nesta quarta, informou o CSU.
Merz venceu as eleições realizadas no país em fevereiro, mas não obteve a maioria no Parlamento necessária para formar governo. Desde então o líder conservador vinha debatendo alianças com diferentes partidos.
No ano passado, o conservador deu sinais de que poderia se unir ao AfD, partido da extrema direita que ficou em segundo lugar nas eleições teve crescimento recorde no Parlamento no pleito de fevereiro.
Após vencer as eleições, no entanto, Merz negou que se aliaria ao AfD e, desde então, vinha dialogando com o Partido Social-Democrata (PSD), do chefe de governo Olaf Scholz, para formar um novo governo.
Político experiente, Friedrich Merz faz parte da ala mais radical do CDU, o partido conservador alemão. Por sua postura, ele chegou a romper com a ex-chanceler Angela Merkel, que integrava a ala mais centrista do CDU.
Ao se tornar o novo chanceler — cargo do chefe de governo na Alemanha –, ele substituirá Olaf Scholz, que liderava um governo de aliança entre socialistas, liberais e o Partido Verde. A aliança desmoronou no fim do ano passado por diferenças ideológicas e oposições sobre questões orçamentárias.
Scholz, então, dissolveu o Parlamento e anunciou eleições antecipadas, que foram realizadas em fevereiro.
Mas o futuro chanceler já vem sendo muito criticado na Alemanha, inclusive dentro de suas próprias fileiras, por ter reformado o “freio da dívida”, que limita a capacidade de endividamento do país para gastos militares e regionais, apesar de ter prometido não mexer nisso.
O futuro chefe da maior economia da União Europeia também foi elogiado internamente, no entanto, por já marcar posição contrária ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e defende uma retaliação da Europa ao tarifação anunciado por Trump na semana passada.
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O anúncio de um acordo entre a direita e a esquerda ocorre também no mesmo dia em que o AfD passou a liderar uma das principais pesquisas de opinião do país europeu.
Nesta quarta-feira, o instituto revelou que a sigla da extrema direita ficou em primeiro lugar em uma pesquisa de intenção de voto.
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Fonte: G1

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