1 de abril de 2025 - 3:48

Juiz condena empresária e outros dois a devolverem R$ 175 mil à vítima de golpe em MT

KARINE ARRUDA

DO REPÓRTERMT

O juiz Yale Sabo Mendes, da 7ª Vara Cível de Cuiabá, condenou a empresária Taiza Tosatt Eleoterio Ratola, o policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola e o médico Diego Rodrigues Flores ao pagamento de R$ 175 mil a uma vítima do golpe aplicado pelo trio em Mato Grosso. Os três são acusados de envolvimento em um esquema de pirâmide financeira que causou um prejuízo de R$ 2,5 milhões a dezenas de vítimas em Cuiabá e outros municípios do Estado.

“JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos do Autor RICARDO ALEXANDRE TAMAOKI para declarar rescindido o contrato firmado entre as partes, e CONDENAR solidariamente os Requeridos TAIZA TOSATT ELEOTERIO RATOLA, RICARDO MANCINELLI SOUTO RATOLA, TR INVESTIMENTOS E INTERMEDIACAO LTDA e DIEGO RODRIGUES FLORES A devolução do valor investido e rendimentos não quitados, no total de R$ 175.723,21”, disse o magistrado.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Leia mais – Polícia apreende R$ 419 mil em folhas de cheque, moto BMW e joias em casa de empresária

A decisão, publicada na quinta-feira (27), é resultado da Operação Cleópatra, deflagrada pela Polícia Civil em novembro do ano passado. Na época, as investigações policiais descobriram que Taiza era líder de um esquema criminoso que usava as redes sociais para atrair vítimas. No perfil, ela mostrava ser uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.

“Trata-se de fato notório, que denota a existência de esquema criminoso em apuração nas instâncias criminais competentes, e que deu prejuízos para vários consumidores em todo o território nacional”, cita o juiz.

Leia mais – Juiz mantém presa empresária que aplicou golpe de R$ 2,5 milhões em clientes

Além de Taiza, a operação também teve como alvos o policial federal Ricardo Ratola e o médico Diego Flores. Eles são acusados pelo Ministério Público Estadual (MPE) de lavagem de dinheiro, estelionato, crime contra a economia popular (pirâmide financeira) e associação criminosa.

“Afere-se dos autos que o Autor foi vítima de fraude financeira praticada pela empresa ré, mediante atuação pessoal dos seus sócios representantes, em esquema conhecido como pirâmide financeira, sob a promessa de lucro fácil e irreal, resultando na perda do investimento que realizaram”, comenta o magistrado na decisão de restituição.

Leia mais – Juiz nega absolver empresária que aplicou golpe de R$ 2,5 milhões em MT

Conforme apurado pela polícia, o trio oferecia, por meio da empresa DT Investimentos, de propriedade de Taiza, promessas de lucros de 2% a 6% por dia para os empresários que investissem até R$ 100 mil iniciais. Logo nos primeiros meses de investimento, as vítimas recebiam o retorno financeiro, sendo incentivados pela criminosa a fazerem novos investimentos em ações. Porém, tempos depois, a empresa parava de pagar os lucros aos investidores.

FONTE : ReporterMT

Ouvir Band FM

--:--
--:--
  • cover
    Band FM 99.3

LEIA MAIS