Sismógrafos, no geral, têm uma base ligada ao solo e um peso pendurado. Quando o terremoto faz o chão começar a tremer, a base do sismógrafo também vibra, mas o peso não. Em vez disso, o fio ligado a ele é que recebe a energia do movimento, explica o Serviço Geológico dos EUA.
Este fio, ligado a uma agulha, registra no papel o sismograma. As ondas representam a diferença em posição entre a parte do sismógrafo que treme e aquela que segue imóvel. Linhas curtas representam um terremoto menor, enquanto linhas longas no sismograma indicam um grande tremor.
A partir dos comprimentos de ondas registradas pelo sismógrafo, os cientistas são capazes de determinar a magnitude e a intensidade do terremoto. Magnitude indica o tamanho do terremoto no ponto que iniciou o abalo, por isso, terremotos têm apenas uma magnitude e isso não depende de onde as medidas são feitas.
Já a intensidade do terremoto reflete a quantidade de vibrações em um local. As pessoas —além de animais e estruturas— “sentem” diferentes intensidades, dependendo do quão perto do epicentro do terremoto estão. Por isso, um terremoto é medido com escalas diferentes.
A escala Richter, a mais “famosa”, foi criada pelo cientista Charles Richter nos anos 30, e já é considerada ultrapassada por cientistas. Ela não reflete bem as nuances de grandes tremores. Esta escala atribuía números próximos a zero aos tremores mais leves, mas hoje sismógrafos são mais sensíveis e capazes de captar tremores ainda mais discretos, que acabam entrando tendo “magnitude negativa” na escala.
Esta escala é logarítmica, ou seja, cada ponto a mais na Richter representa um aumento de 10 vezes na magnitude do terremoto e uma liberação de cerca de 31 vezes mais energia do que no nível anterior. Na prática, a escala Richter não tem um limite máximo; o maior terremoto já registrado nela foi o chileno de 1960, com magnitude 8,6 (ou 9,5 na escala de magnitude de momento).
noticia por : UOL