Daffiny Delgado
Secretário exonerou diretor após episódio de assassinato.
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O secretário de estado de Educação, Alan Porto, disse que Elias Ribeiro da Silva, de 54 anos, que assassinou o jovem Claudemir Sá Ribeiro, de 26 anos, em Colniza, foi exonerado assim que a pasta tomou conhecimento do que tinha acontecido.
“Imediatamente conversei com o coronel Fernando [Tinoco, comandante-geral da Polícia Militar] e nós emitimos a exoneração desse profissional, não faz parte mais do quadro. Vale lembrar que todos esses profissionais que entram nas escolas passam por um rigoroso processo seletivo para verificar se não tem nenhum antecedente nas suas fichas, nas suas certidões, mas infelizmente aconteceu esse caso em Colniza”, disse o secretário à imprensa na manhã desta terça-feira (25).
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Para Alan Porto, o fato não põe em xeque as unidades de ensino que funcionam em parceria com as forças de segurança, especialmente a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. “É um caso isolado o que aconteceu e assim que tivemos ciência disso tomamos as providências de imediato”, disse.
O caso ocorreu no domingo (23). Conforme o delegado Ronaldo Binoti Filho, o assassino passou o dia em um bar, bebendo com várias mulheres e pagando as bebidas que elas estavam consumindo. Em determinado momento, elas foram para a mesa onde Claudemir, a vítima, estava com o irmão e um amigo.
Irritado, o policial militar acusou os rapazes de integrarem uma facção criminosa, sentou junto com eles na mesa, sacou a arma e atirou contra Claudemir, que morreu ainda no local.
Na sequência, o PM proferiu ameaças contras as pessoas que ainda estavam no estabelecimento. O crime foi filmado por câmeras de segurança.
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“As investigações se aprofundaram e a gente pode ter certeza que tanto Claudemir, quanto seu irmão e seu amigo, não eram integrantes de facção criminosa e não provocaram em momento nenhum a reação agressiva de Elias”, afirmou o delegado à imprensa nessa segunda (24).
Binoti também classificou o homicídio como um ato de extrema covardia. “Nesses três anos que estou atuando no Noroeste de Mato Grosso, eu posso afirmar categoricamente que esse foi o homicídio mais covarde que eu lidei até aqui”, finalizou.
FONTE : ReporterMT