O pastor Yago Martins criticou a decisão judicial que manteve a condenação de um empresário evangélico por se recusar a prestar serviços em uma cerimônia de união LGBT no Piauí.
O empresário, condenado a um ano e seis meses de prisão por preconceito e homofobia, foi processado por não querer filmar o evento de duas mulheres que buscavam contratar seu serviço de filmagem em Teresina (PI) em 2021.
O caso ganhou destaque quando, no dia 13 de março, o Tribunal de Justiça negou o recurso da defesa do empresário, mantendo a condenação. A defesa informou que recorrerá novamente ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, o advogado Uziel Santana, afirmou em nota que “não há qualquer evidência de discurso de ódio, violência ou menosprezo pela condição de gêneros”.
O julgamento inicial ocorreu em maio de 2024, quando o juiz Teófilo Rodrigues Ferreira, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, condenou o réu. Na ocasião, o empresário argumentou que sua decisão se baseava em sua fé cristã, defendendo que saber a natureza da união era essencial para ele, pois os princípios bíblicos apontam a união LGBT como um pecado.
No entanto, o juiz considerou a recusa uma forma de discriminação, destacando que as manifestações religiosas não podem justificar atitudes que prejudiquem indivíduos em razão de sua orientação sexual.
A decisão foi mantida em segunda instância pela desembargadora Maria do Rosário de Fátima Martins Leite, do Ministério Público Superior, que afirmou que o caso é “complexo e sensível” e deve ser analisado com base nos fatos e fundamentos jurídicos.
A magistrada também comparou a recusa do empresário a situações que seriam inaceitáveis, como um médico se recusando a atender uma pessoa homossexual ou uma empresa não prestando serviços para um casal heterossexual, de acordo com informações do G1.
Em suas redes sociais, Yago Martins criticou a condenação, argumentando que o caso reflete uma ameaça à liberdade religiosa. “No Brasil, um homem está preso por ser cristão. Simplesmente por ser cristão”, escreveu Martins, reafirmando sua opinião de que o empresário foi punido por não querer participar de um evento que ele considera contrário aos seus princípios religiosos.
“Ele está na cadeia por não querer participar de um evento privado que celebra o que ele considera pecado. Repito: ele foi chamado a um evento privado, o evento celebra um pecado, e ele foi pra CADEIA por não querer participar”, frisou o pastor e youtuber do canal Dois Dedos de Teologia.
No Brasil, um homem está preso por ser cristão. Simplesmente por ser cristão. Ele está na cadeia por não querer participar de um evento privado que celebra o que ele considera pecado. Repito: ele foi chamado a um evento privado, o evento celebra um pecado, e ele foi pra CADEIA… https://t.co/WbH8a0EvOJ
— Yago Martins (@doisdedosdeteo) March 21, 2025
FONTE : Gospel Mais