25 de março de 2025 - 16:47

Bolsonaro vai ao julgamento no STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou a interlocutores que irá à sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que vai decidir, na manhã desta terça (25), se o transforma em réu pelos crimes de liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Ele já comunicou a decisão aos advogados que o representam. Eles vão juntos para o tribunal.

Bolsonaro estava fazendo mistério sobre sua presença no julgamento. Na noite de segunda (24), ele participou de um podcast com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e não confirmou presença na sessão.

Ao desembarcar em Brasília nesta manhã, o ex-presidente respondeu diversas vezes da mesma forma a jornalistas que questionavam de onde veria o julgamento: “Em algum lugar eu vou assistir”.

Bolsonaro vai ficar no plenário da Primeira Turma com outras autoridades e convidados. Entre eles estarão filhos de mortos e desaparecidos da ditadura militar, além de ex-presos políticos.

Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura, e Hildegard Angel, filha da estilista Zuzu Angel, também morta pelos militares, estarão na primeira fila do plenário.

No julgamento, os advogados devem insistir na tese de que Bolsonaro não está tendo direito à plena defesa.

Ao chegar a Brasília, o próprio Bolsonaro defendeu sua inocência e bateu na tecla de que sua defesa está sendo cerceada e que seu julgamento deveria ser feito na primeira instância na Justiça _e não no STF.

Na semana passada, eles chegaram a acionar a Ordem dos Adogados do Brasil (OAB) para que tomasse providências e garantisse a prerrogativa dos advogados no exercício da defesa.

Eles alegam que não tiveram acesso a todos os documentos e mídias apreendidos nas diversas operações da Polícia Federal no caso.

Afirmam também que o julgamento está sendo feito de forma apressada por razões políticas.E dizem que ele deveria ser realizado no plenário do STF, e não na Primeira Turma, integrada por 5 dos 11 ministros do triunal.

O ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, nega que documentos estejam sendo sonegados. Ele manteve a decisão na Primeira Turma do STF, com apoio de outros magistrados da Corte.


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noticia por : UOL

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