21 de março de 2025 - 1:01

Ministério Público arquiva denúncia de deputada do PSOL contra Baby do Brasil

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) decidiu arquivar a representação da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e não investigar a cantora e pastora Baby do Brasil por declarações feitas durante um culto evangélico, realizado no dia 10 de fevereiro, na casa noturna D-Edge, em São Paulo.

Durante o evento, Baby pediu que vítimas de abuso sexual perdoassem seus agressores, o que gerou controvérsia e repercussão nas redes sociais.

Segundo a decisão dos promotores Marcelo Otávio Camargo Ramos e Clarissa Chagas Donda, a cantora exerceu sua “liberdade religiosa e liberdade de expressão”. O Ministério Público considerou que as falas de Baby não configuraram qualquer ilícito, e que, portanto, não há necessidade de medidas judiciais ou extrajudiciais.

A Promotoria também ressaltou que a questão da “adequação, pertinência ou oportunidade” das declarações não deve ser julgada pelo poder público, uma vez que faz parte da liberdade de expressão, e cabe ao público avaliar as palavras proferidas.

Durante o culto, Baby do Brasil disse: “Perdoa tudo o que você tiver no seu coração aqui hoje nesse lugar. Se teve abuso sexual. Perdoa! Se foi da família? Perdoa!”.

As palavras geraram reações diversas, incluindo uma nota pública do dono da boate, Renato Ratier, que repudiou as falas da cantora, afirmando que o evento tinha como objetivo promover “amor, respeito e transformação” e expressando solidariedade às vítimas de violência sexual, segundo informações do Exibir Gospel.

Em resposta à repercussão negativa, Baby do Brasil gravou um vídeo se defendendo, alegando que suas palavras foram tiradas de contexto. Ela afirmou que seu discurso não isenta abusadores de punição e que é contra qualquer tipo de abuso.

A cantora enfatizou que o perdão a que se referia não implicava impunidade e que não impedia a busca por justiça. Ela também postou um vídeo lendo um trecho da Bíblia sobre perdão, destacando que falava sobre uma visão espiritual da questão e que o perdão é uma forma de libertação de “gatilhos emocionais e traumas”.

FONTE : Gospel Mais

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