21 de março de 2025 - 7:28

Após reverter mudança de sexo, ex-trans diz ser inaceitável que ‘crianças passem por isso’

Sophie Griebel, uma ex-trans que viveu como homem por vários anos, se tornou uma defensora da conscientização sobre a destransição. Atualmente atuando como coach de saúde mental, ela compartilha sua experiência pessoal para aumentar a compreensão sobre a desistência da mudança de sexo.

A destransição é o procedimento em que indivíduos que passaram por processos de transição de gênero decidem reverter essa mudança, retornando ao sexo biológico.

Em uma entrevista ao Instituto de Antropologia Médica e Bioética (IMABE), Sophie expôs suas reflexões sobre a crescente busca por tratamentos de transição, especialmente entre jovens.

Ela revelou que sua própria transição foi motivada pela tentativa de escapar de traumas passados, incluindo abusos emocionais e sexuais sofridos na infância. “O fato de eu ter sofrido muita violência, abuso e estupro dentro da minha família desempenhou um papel importante nisso”, comentou Sophie.

Ela também relatou que, durante sua juventude, enfrentou dilemas em relação à sua sexualidade, com pensamentos suicidas e distúrbios psicológicos. No entanto, foi ao descobrir que seu irmão também havia sido vítima de abuso sexual que Sophie teve um ponto de virada:

“Percebi que não era por causa do meu gênero que coisas traumáticas tinham acontecido comigo”, afirmou, destacando que sua jornada de destransição envolveu o tratamento de questões emocionais e psicológicas profundas, ao invés de focar apenas na mudança física.

Sophie também se preocupa com a crescente decepção entre jovens que passam pela transição de gênero. Ela destacou que, em sua experiência, o ambiente em que a pessoa está pode influenciar a percepção da transição: “Talvez ajude simplesmente deixar seu ambiente familiar, se possível, porque você se sente mais livre sem o olhar crítico dos outros”, disse.

A coach defende que muitos jovens que buscam a transição de gênero estão lidando com questões emocionais não resolvidas, como rejeição familiar ou dificuldades de identidade. Sophie critica a abordagem de tratar a transição como uma solução rápida para essas questões, alertando que a mudança de sexo pode não resolver o problema subjacente. Ela questiona a tendência da sociedade de promover a transição de gênero sem explorar adequadamente as causas psicológicas que motivam essas decisões.

Em relação à importância do apoio familiar, Sophie sugere que os pais devem ser cautelosos ao lidar com as declarações de seus filhos sobre a transição de gênero. “Eu sempre aconselho os pais a não se dirigirem à criança pelo nome desejado. Não é uma solução procurar a próxima consulta possível com um endocrinologista se as causas reais não foram tratadas”, afirmou.

Por fim, Sophie aponta que a sociedade e os profissionais de saúde devem focar na identificação e no tratamento das causas profundas do desconforto com o próprio gênero, em vez de recorrer a soluções rápidas, como a “mudança de sexo”.

Ela também critica a abordagem adotada por alguns países, como a Alemanha, que permite mudanças de nome e gênero em cartórios a partir dos 14 anos, destacando que isso pode ser irresponsável e prejudicial para jovens que ainda não têm a capacidade de compreender totalmente as implicações de tais decisões, de acordo com informações do CNE.

FONTE : Gospel Mais

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