Seu advogado, Salvador Medialdea, disse ao tribunal que seu cliente havia sido “sequestrado de seu país”.
“Ele foi sumariamente transportado para Haia. Para advogados, esta é uma extradição extrajudicial. Para quem não conhece a lei, este é um sequestro puro e simples”, disse Medialdea, acrescentando que Duterte sofria de “condições médicas debilitantes” e concluindo que, “além de se identificar, ele não está em condição de contribuir para esta audiência.”
Rodrigo Duterte pareceu cochilar durante o processo, fechando várias vezes os olhos por longos períodos. Mas a juíza Motoc lembrou o réu que “o médico do tribunal era de opinião que você estava totalmente consciente mentalmente e em forma”.
O ex-presidente filipino foi preso nesta terça-feira (11) pela polícia de seu país no Aeroporto Internacional Ninoy Aquino, em Manila, ao chegar de Hong Kong. A prisão ocorreu depois que o escritório da Interpol em Manila recebeu na manhã de terça-feira a cópia oficial do mandado de prisão do TPI, segundo informou o gabinete do presidente filipilo Ferdinand Marcos Jr. em comunicado.
Mais cedo nesta sexta-feira, sua filha Sara Duterte, vice-presidente das Filipinas, disse que havia enviado um pedido de última hora para adiar a audiência.
Presidente “sequestrado”
Os apoiadores de Duterte alegam que ele foi sequestrado e enviado para Haia, vítima de conflitos internos no topo do governo e do desentendimento entre a família Duterte e a do presidente Marcos, que até agora eram aliados no governo das Filipinas. Grupos de defensores do ex-presidente se reuniram em frente ao edifício do tribunal em Haia, gritando “tragam-no para casa”.
noticia por : UOL