Khalil foi detido pelas autoridades migratórias e transferido para um centro de detenção de migrantes na Luisiana. Seus advogados denunciaram que, até agora, não conseguiram falar com ele em privado. O presidente dos EUA, Donald Trump, havia prometido deportar os manifestantes estudantis estrangeiros que apoiassem a Palestina.
“Esta é a primeira prisão de muitas que virão”, disse Trump após prisão do estudante. Um juiz dos EUA suspendeu a deportação de Khalil. Ele tem residência permanente e é casado com uma cidadã americana. Sua detenção gerou indignação entre os críticos à administração Trump, bem como entre defensores das liberdades fundamentais, incluindo membros da direita política, que consideram que uma medida como essa ameaça a liberdade de expressão.
Por enquanto, o jovem permanecerá detido. No momento, Khalil não é acusado de infringir nenhuma lei, mas as autoridades indicaram que pretendem revogar sua residência permanente devido à sua participação nas manifestações. Khalil foi “detido e processado para deportação… porque defendia os direitos dos palestinos”, disse seu advogado Ramzi Kaseem ao juiz Jesse Furman, que ordenou que o detido possa falar privadamente com seus advogados uma vez por dia.
A detenção gerou indignação na ONU. O porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que “é crucial enfatizar a importância de respeitar o direito à liberdade de expressão e o direito de reunião pacífica”. Vários campi dos EUA, incluindo Columbia, foram palco de protestos estudantis no ano passado contra a guerra de Israel em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em 2023.
Trump e outros republicanos acusaram os manifestantes de apoiar o Hamas. O grupo é considerado pelos Estados Unidos como uma organização terrorista, já que o ataque de 7 de outubro de 2023 em solo israelense desencadeou a guerra que causou pelo menos 48 mil mortes, a maioria civis.
*Com AFP
noticia por : UOL