Mayke Toscano/Secom-MT
Para Mauro, o País está prestes a quebrar economicamente.
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O governador Mauro Mendes (União) comparou a situação fiscal do Brasil com o Titanic, navio que afundou no Oceano Atlântico após bater em um iceberg no ano de 1888. Para ele, o País está prestes a quebrar economicamente e as elites políticas ignoram essa possibilidade.
“O Brasil vai quebrar em breve se nós não encontrarmos solução para esse problema. E eu não vejo ninguém preocupado com isso, discutindo isso. Me lembra aquele filme do Titanic, que a água estava entrando já pelos porões e na primeira e segunda classe as pessoas estavam dançando, tomando vinho, comendo, como se nada estivesse acontecendo. Tinha um pequeno balanço, ‘ah isso não é nada’, e de repente veio uma grande catástrofe”, disse em entrevista ao podcast da Agência Estado.
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Mauro, que disse em mais de uma ocasião que não vê no Governo Federal ações para reduzir os gastos públicos, comparou a situação econômica do Brasil com a Argentina do início dos anos 2000, que viveu uma gravíssima crise econômica.
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Durante o governo do então presidente Fernando de la Rúa, o país sul-americano viu sua moeda derreter, a inflação alcançar níveis exorbitantes, o governo dar um calote na dívida externa e declarar moratória.
“Pode acontecer com o Brasil o mesmo que aconteceu com a Argentina, porque nós não estamos enxergando os graves problemas da previdência”, afirmou o governador.
Mauro destacou que, no ano passado, os brasileiros pagaram mais de R$ 1,6 bilhão por dia apenas em juros, o equivalente a quatro vezes o prêmio da Megasena da Virada, sorteado em dezembro passado.
“Aquilo que o brasileiro sonha em ganhar no final do ano, que foi pouco mais de R$ 600 milhões na Megasena da Virada, o Brasil paga quatro vezes aquele prêmio por dia de juros. Isso vai trazer problemas graves”, afirmou.
O governador, que ainda não decidiu se vai disputar o Senado em 2026 ou concluir o segundo mandato à frente do Governo de Mato Grosso, disse esperar que na próxima eleição sejam discutidos projetos e não nomes, em referência à polarização entre o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
“Eu espero que a discussão em 2026 não seja em cima do nome A, B ou C, de Lula, de Bolsonaro ou de qualquer outro nome. Seja em cima dos graves problemas desse país e como enfrentá-los”, disse.
FONTE : ReporterMT