A Fundação FHC alfinetou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por suas declarações após o Oscar de melhor filme internacional para “Ainda Estou Aqui” e lembrou que Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro a reconhecer as violações cometidas pelo Estado brasileiro na ditadura militar.
Nesta segunda-feira (3), Dilma, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, citou a importância da Comissão Nacional da Verdade, criada em sua gestão, para que a história de Eunice Paiva fosse contada. O escritor Marcelo Rubens Paiva, filho de Rubens e Eunice e autor do livro “Ainda Estou Aqui”, já afirmou que as informações levantadas pela comissão possibilitaram a publicação da obra que baseou o filme.
Nesta terça-feira (4), a Fundação FHC fez uma postagem em uma rede social na qual diz que Dilma tem razão em ressaltar a importância da comissão para a revelação de violações de direitos humanos durante a ditadura militar. “Compartilhamos com ela e milhões de brasileiros a alegria pelo merecido reconhecimento internacional do filme ‘Ainda Estou Aqui’, que conta a história do sequestro, tortura, assassinato e ocultação do cadáver de Rubens Paiva.”
“A ex-presidente, porém, deixa de mencionar que, antes da Comissão da Verdade, houve a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos, criada em 1995 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o primeiro a reconhecer as violações de direitos humanos cometidas pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar”, diz o post.
A fundação também destaca que, no ano seguinte, foi emitida a certidão de óbito de Rubens Paiva, oficializando o seu desaparecimento.
“A Comissão da Verdade permitiu que, por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em dezembro de 2024, da certidão de óbito passasse a constar referência às circunstâncias ‘violentas, causadas pelo Estado brasileiro’ que levaram à morte do ex-deputado”, complementa. “Na história, não se constrói nada do zero.”
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noticia por : UOL