23 de fevereiro de 2025 - 7:15

‘Pastora’ diz que Jesus era ‘drag queen’ em protesto contra medidas do governo Trump

Uma “pastora” ativista de esquerda afirmou que Jesus se vestiria de drag queen para defender sua ideologia progressista. A declaração ocorreu durante uma votação sobre políticas pró-LGBT em uma cidade dos Estados Unidos.

Em 12 de fevereiro de 2025, durante uma reunião do Conselho Municipal de Worcester, Massachusetts (EUA), uma série de declarações controversas e tensas ocorreu antes da votação que designou a cidade como um “santuário para pessoas transgênero e de gênero diverso”.

A medida foi aprovada por 9 votos a 2 e visa garantir que a cidade se recuse a cooperar com políticas federais ou estaduais que possam prejudicar indivíduos transgêneros, garantindo também acesso sem discriminação a cuidados de saúde, moradia, educação e emprego.

A resolução gerou reações mistas, com cerca de 200 pessoas comparecendo para apoiar a medida.

Entre os apoiadores, esteve Julie Payne-Britton, pastora da Hadwen Park Congregational Church, uma instituição afiliada à United Church of Christ. Durante seu discurso, Payne-Britton, que se identifica como uma lésbica cisgênero e deficiente, afirmou que Jesus, se estivesse presente, estaria “vestido de drag queen“, sugerindo uma visão inclusiva e não binária de Jesus.

“O Jesus que eu conheço estaria neste microfone com uma voz trêmula e um corpo trêmulo, gritando, ‘torne esta cidade segura para meu filho’”, afirmou a pastora.

Em contraste, a reunião também foi marcada por declarações de ativistas que expressaram preocupações com as políticas do governo federal. Entre eles, um orador que se identificou como “Dee Dee Delight” e vestia-se de mulher, criticou a ordem executiva do presidente Donald Trump que limita o reconhecimento legal a apenas dois sexos, masculino e feminino.

“Se você acha que tem medo de Trump, deveria ver o quanto tenho medo de Trump”, declarou Dee Dee Delight, mencionando o temor diante das políticas que afetam a comunidade transgênero.

Outro momento tenso ocorreu quando um ativista em uma peruca aparentemente fez uma ameaça velada ao conselho municipal. Ele declarou: “Se você diz que tem medo de Trump e é por isso que não quer que a cidade seja um espaço seguro para pessoas [trans], é melhor se preparar para que as pessoas [trans] tornem este um espaço muito inseguro”. Esta declaração foi recebida com preocupação por alguns presentes na reunião.

Além disso, um ativista de pele negra alertou o conselho sobre a força da comunidade transgênero, dizendo que pessoas transgênero “fortes e queer” iriam “conquistar” o conselho rapidamente, enquanto outros manifestantes expressaram frustração com o tratamento de minorias e a comparação com ações autoritárias, como os nazistas queimando livros de ciência de gênero.

Esses eventos ocorreram no contexto das recentes políticas do governo Trump, que visam limitar o reconhecimento de identidades transgênero e proibir operações médicas trans para menores de 19 anos. O ex-presidente também prometeu, durante sua campanha de reeleição, trabalhar para impedir procedimentos de transição para jovens, declarando que buscaria uma legislação para proibir a “mutilação infantil” em todos os estados.

A votação final do conselho, que designou Worcester como cidade santuário, foi acompanhada de fortes emoções e divergências, refletindo a crescente polarização sobre questões de identidade de gênero e direitos transgêneros nos Estados Unidos, de acordo com informações do portal The Christian Post.

FONTE : Gospel Mais

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