11 de fevereiro de 2025 - 15:46

Queda do País em ranking de percepção da corrupção é 'conversa de boteco', diz ministro da CGU

Neste ano, o Brasil ficou na 107ª posição de 180 países, com 34 pontos, empatado com Argélia, Malauí, Nepal, Níger, Tailândia e Turquia. O relatório menciona o enfraquecimento do combate à corrupção, citando exemplos como a renegociação dos acordos de leniência da Operação Lava Jato, em que réus se comprometeram a pagar multas para ressarcir danos causados por desvios éticos.

Outro exemplo é a manutenção do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no cargo, mesmo após ser indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, fraude em licitação e organização criminosa. O caso foi revelado pelo Estadão em janeiro de 2023.

Para Carvalho, a pesquisa não ouviu a população e servidores públicos, se baseando somente na opinião de empresários e executivos. Para ele, trata-se de uma “pesquisa de opinião”. O índice atribui notas em uma escala entre 0 e 100, sendo que quanto maior a pontuação, maior é a percepção de integridade daquele País. Em nota publicada na manhã desta terça, a CGU “alertou” para “limitações metodológicas” do índice.

“O IPC mede percepção, não a ocorrência real de corrupção, e seu próprio relatório recomenda cautela na interpretação dos resultados, especialmente em relação a variações (“sutis” ou “estatisticamente irrelevantes”) da pontuação. Os países que combatem corrupção podem ser penalizados no IPC, uma vez que a exposição de casos e investigações impacta negativamente a percepção sobre o problema. O combate à corrupção não pode ser tratado como um fator negativo para a avaliação de um país”, diz a nota.

noticia por : UOL

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