A relação entre escola e família desempenha um papel fundamental na educação de crianças e adolescentes, especialmente em temas sensíveis. Recentemente, uma atividade realizada em uma escola da Califórnia gerou debate sobre o direito dos pais de serem informados sobre o conteúdo pedagógico oferecido aos alunos.
No Distrito Escolar Unificado de Vista (VUSD), em San Diego, estudantes da Rancho Buena Vista High School participaram de uma atividade intitulada “Coming Out Stars”, inspirada no grupo The Trevor Project.
O exercício propunha que os alunos se imaginassem como parte da comunidade LGBT e encenassem um processo de revelação de identidade. A situação ganhou notoriedade após alguns estudantes, citando objeções religiosas, recusarem-se a participar e deixarem a sala de aula.
Dean Broyles, advogado do Centro Nacional de Direito e Política (NCLP), argumentou que a escola desconsiderou os direitos dos pais ao não notificá-los previamente sobre a atividade. A Lei da Juventude Saudável da Califórnia (CHYA) determina que as escolas informem as famílias sobre conteúdos relacionados à educação sexual, permitindo que optem por excluir seus filhos dessas discussões.
De acordo com Broyles, o distrito escolar utilizou uma brecha na legislação para abordar identidade de gênero em disciplinas que não se enquadram nos critérios estabelecidos pela CHYA, evitando assim a obrigatoriedade de aviso prévio.
Entidade solicita posicionamento
Além da atividade teatral, a escola utilizou o diagrama “Unicórnio de Gênero” em outro contexto pedagógico, abordando identidade e expressão de gênero. O NCLP alega que tais ações limitam a capacidade dos pais de supervisionar o aprendizado de seus filhos em temas que podem entrar em conflito com suas convicções religiosas.
“Os pais têm o direito de conhecer o conteúdo educacional relacionado à sexualidade humana transmitio a seus filhos, especialmente quando essas informações divergem de crenças religiosas protegidas constitucionalmente”, afirmou Broyles em um comunicado.
O NCLP enviou uma carta ao VUSD solicitando que a escola emita uma retratação pública e adote medidas para garantir o cumprimento das normas de notificação parental. Até o momento, o distrito escolar não se pronunciou sobre o caso.
FONTE : Gospel Mais