4 de fevereiro de 2025 - 17:11

'Ninguém ganha', diz professor sobre guerra comercial entre China e EUA

A China anunciou hoje tarifas e restrições a importações de produtos americanos a partir da próxima segunda-feira (10). As medidas são uma retaliação contra as tarifas de 10% impostas por Donald Trump às compras de produtos chineses, que entraram em vigor nesta terça.

Carvão e gás liquefeito de petróleo americanos pagarão uma taxa de 15% para entrar na China. Petróleo, máquinas agrícolas, picapes e outros veículos pesados terão sobretaxa de 10%. A China também abrirá uma investigação sobre práticas monopolísticas do Google e imporá controles sobre a exportação para os EUA de 25 metais raros.

Isso é uma agenda de estados, isso não é uma agenda de governos. E aqui a gente está discutindo áreas de influência, capacidade de promover seu modelo no mundo e como criar seus próprios quintais. Livio Ribeiro, pesquisador da FGV

Ao Canal UOL, o pesquisador afirmou que as medidas aumentam a volatilidade no mercado e as incertezas do comércio global. Ele destacou ainda que o ambiente será ruim, especialmente em economias de países emergentes, mas que setores específicos do Brasil podem se beneficiar com essa guerra tarifária.

A incerteza aumenta muito, a volatilidade aumenta muito. A gente não sabe como é que vai funcionar o comércio global, como é que vão funcionar as taxas de câmbio, os juros no mundo. O cenário é o pior possível, especificamente em economias emergentes, como a economia brasileira que tem seus percalços domésticos. Então esse ambiente é ruim

Mas setores específicos da economia brasileira podem ser beneficiados, principalmente na parte mais, vamos chamar, agrícola. Não diria nem agropecuária, eu colocaria mais no rol agrícola. Agora, esses segmentos superam o ganho que eles têm? Superam os malefícios de um ambiente tão mais confuso, tão mais incerto? Certamente não! Livio Ribeiro, pesquisador da FGV

noticia por : UOL

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