Gil Guerra, analista de imigração do think tank Centro Niskanen, ressalta que a noção de cidadania por nascimento é uma característica definidora da experiência americana. “Ajudou na assimilação, ao dar às pessoas que nasceram aqui uma sensação imediata de pertencimento.”
“O que as pessoas muitas vezes ignoram é que isso também cria uma responsabilidade para os filhos de imigrantes de se verem como americanos e de serem patriotas.” Precarizar isso poderia afetar a estabilidade social, adverte Guerra.
Os Estados Unidos modernos não sofreram com os focos de separatismo que afligem outras potências mundiais, como a Rússia, onde grupos populacionais não se sentem pertencentes. “Os Estados Unidos conseguiram evitar isso, porque nossa identidade política está centrada há séculos na premissa de que, se você nasceu nos Estados Unidos, você é americano”, explica Guerra.
– Suprema Corte –
Aaron Reichlin-Melnick, membro do Conselho Americano de Imigração, diz que a 14ª Emenda é “cristalina”, e que turvar a água pode ter implicações para pessoas além dos bebês filhos de imigrantes sem documentos.
“Antes, você precisava apenas de uma certidão de nascimento que provasse que você havia nascido aqui. Agora, vai ter que mostrar mais documentos, sobre a cidadania dos seus antepassados e dos seus pais, o que dificulta a vida de todo mundo”, explica Reichlin-Melnick.
noticia por : UOL