16 de janeiro de 2025 - 15:01

Médico que tentou agarrar paciente na UPA diz que foi vítima de "trama" e pede para retornar ao cargo

VANESSA MORENO

DO REPORTÉR MT

O médico Ruy de Souza Gonçalves, exonerado por suposto assédio sexual contra uma paciente durante uma consulta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pascoal Ramos, no dia 16 de dezembro de 2024, entrou com um pedido na Justiça para retornar às suas atividades. Ele alegou que foi vítima de uma “trama” e pediu o pagamento retroativo dos salários que ficou sem receber desde a sua exoneração.

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O Impetrante se viu envolvido no dia 16/12/2024 em uma trama de uma paciente atendida em sala de atendimento da UPA Pascoal Ramos e com as portas abertas (declarada pela própria paciente!), pasmem, e relatou algo ‘sui generis’, sobre um alegado assédio sexual e, ou importunação sexual ocorrido no interior da sala de atendimento”, diz trecho da petição protocolada na última terça-feira (14).

Ruy chegou a ser preso em flagrante no dia em que foi acusado de assédio, mas foi solto horas depois, na audiência de custódia. O juiz Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá, disse que, mesmo havendo provas e indícios suficientes, não havia necessidade de prisão, já que o médico não possuía antecedentes criminais e não impediria a colheita de outras provas caso estivesse em liberdade.

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Uma das principais provas que levaram Ruy à prisão foi um áudio gravado pela própria vítima, que registrou o momento em que o médico pedia um beijo durante a consulta.

Esse hemograma deve ficar pronto à tarde e aqui está o atestado de 5 dias. Agora me dá um beijinho aqui, dá”, disse Ruy à mulher na época.

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Quatro dias depois do fato, o médico foi exonerado, o que segundo seu advogado, causou uma drástica redução em seus rendimentos mensais. Além disso, foi alegado na petição que a exoneração foi ilegal, já que Ruy é um idoso de 68 anos, concursado, não teve sentença judicial transitada em julgado e não teve direito à ampla defesa.

Diante de todas as alegações, Ruy pede para ter o ato de exoneração anulado com urgência, o pagamento dos salários retroativos e a aplicação de multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento. O médico ressaltou que quer voltar a trabalhar em qualquer outra unidade de saúde, que não seja a UPA do Pascoal Ramos. 

FONTE : ReporterMT

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